Presidente da Câmara Municipal afirma que denúncias não envolvem a administração. Foto: Chico Camargo/CMC

O Ministério Público do Paraná apresentou denúncia contra mais três vereadores da Câmara Municipal de Curitiba. Trata-se de Rogério Campos (PSC), Giovani Fernandes (PTB) e Osias Moraes (PRB). Eles são suspeitos de ficarem com parte dos salários de seus funcionários. A mesma acusação já envolvia a vereadora Kátia Dittrich (PSD) e Thiago Ferro (PSDB). Todos da base do governo de Rafael Greca (PMN). Todos eles serão investigados por uma comissão processante, uma vez que a Comissão de Ética não tem pode para cassar mandatos.

Diante da acusação, o presidente da Câmara Municipal, Sérginho do Posto (PSDB) defendeu seus colegas e a Casa. “A Câmara Municipal tem vivido dias turbulentos, mas há estabilidade. Nenhuma das denúncias atingem a administração da Câmara, ou até mesmo a presidência. É importante separar os fatos e toda denúncia será investigada pela Câmara”, defende o presidente.

À Câmara Municipal, Serginho do Posto confirmou que a instituição forneceu documentos a respeito desses três mandatos ao Ministério Público. Segundo ele, os ofícios recebidos pelo Ministério Público apenas pediam documentos e informações sobre os mandatos, sem configurarem denúncia contra os vereadores.

Membro da comissão processante, Osias Moraes agora é investigado também. Foto: Chico Camargo/CMC

Comissão processante tem envolvidos em denúncias
A comissão processante é o órgão da Casa para investigar as denúncias contra corrupção, uma vez que a Comissão de Ética da Casa não tem poderes para cassar mandato. Ela pode, no máximo, sugerir suspensão do vereador. Porém, da comissão formata para analisar o caso da vereadora Kátia Dittrich, acusada por seis ex-funcionários de ficar por parte dos salários, tem um membro, Osias Moraes (PRB), que também passa a ser investigados pelo Ministério Público do Paraná. Mesmo assim, o regimento interno da Câmara Municipal não o impede de participar da investigação da colega.

O corregedor da Câmara, Dr. Wolmir Aguiar (PSC) , “temos obrigação de investigar para esclarecer [os fatos], não só para o vereador que está sendo investigado, mas para a população também”.

Enquanto isso, o Conselho de Ética da Câmara, que foi formado em abril de 2017, somente agora aprovou seu regimento interno. “A aprovação [do regulamento] estava sendo adiada por causa da revisão do Regimento Interno, mas ainda não chegou a ser concluída, então nós vamos aprovar o antigo e aguardar o novo. Assim que ficar pronto faremos uma nova reunião para aprová-lo”, explicou Noemia Rocha (PMDB), presidente.