APP-Sindicato realizou protesto contra Governo Beto Richa, acusado de corrupção

Denúncias da Operação Quadro negro apontam desvio de verba na educação pública do Paraná

Manifestação na Boca Maldita no último sábado (2). Foto: Divulgação / APP-Sindicato.

Na manhã de sábado (2) a APP-Sindicato reuniu manifestantes, na Boca Maldita, no centro de Curitiba, para protestar contra a falta de investimentos na educação por parte do Governo do Paraná. Enquanto isso, o chefe do executivo estadual, Beto Richa, observa sua administração no meio de uma onda de denúncias por desvios de verba justamente no ensino público.

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão, destacou a importância da manifestação diante das revelações, que aprofundaram as denúncias que já estavam em curso da corrupção. “Enquanto isso, milhares de estudantes são penalizados sem as suas escolas. Neste ano letivo de 2017, o governo atacou profundamente os direitos dos professores e funcionários, além de precarizar completamente o processo de trabalho nas escolas e o futuro dessa geração de estudantes. É um desprezo ao processo de aprendizagem pelo governo”, criticou o professor.

Hermes recordou que a APP tem cobrado desde a reeleição do governador Beto Richa (PSDB) uma participação dele nos debates da educação e também do desmonte colocado no serviço público do Paraná. “O governador não participe e criminaliza o nosso movimento. O governo precisa responder pelas ilegalidades já declaradas em liminares judiciais que temos obtido de forma favorável, seja pelo reajuste da data-base, distribuição de aulas, redução de hora-atividade e ainda o ataque às licenças. O governador é o principal responsável em responder pela calamidade instalada no interior das escolas”, completou.

A Operação Quadro Negro – A delação feita em 08 de junho de 2017, em Curitiba, apresenta diversos nomes de supostos envolvidos com o esquema de corrupção e investigação de desvios de quase R$ 30 milhões, que deveriam ter sido destinados para a infraestrutura escolar (ao menos, 14 escolas públicas estaduais). Entre os nomes citados por Eduardo Lopes, dono da Construtora Valor, está o do então deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB), atual chefe da Casa Civil. Além disso, o delator afirma que parte dos desvios de dinheiro serviram para bancar as campanhas do governador Beto Richa (PSDB).