Foto: Leandro Taques

“Lula é o único político no país que tem a capacidade de estar perto do povo”. É inegável a frase dita nesta quarta-feira pelo ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha na sede do Partido dos Trabalhadores em Curitiba. Independente de posições pessoais, partidárias e ideológicas, é fato que Luiz Inácio Lula da Silva consegue reunir multidões por onde passa, do Norte ao Sul do Brasil. Nem mesmo a direita conservadora da intitulada “República” pode contestar este fato após o emblemático dia 13 de setembro na capital  paranaense.

Lula esteve em Curitiba para prestar seu segundo depoimento à Justiça Federal no processo da operação Lava Jato. Durante cerca de três horas o ex-presidente esteve frente a frente com o juiz Sergio Moro. No mesmo período uma multidão de 7 mil pessoas o aguardava na Praça Generoso Marques em um grande ato de solidariedade. Lula chegou ao local por volta das 18h30.

O Porém.net acompanhou a chegada de caravanas vindas de cidades do interior do Paraná e de outros estados com o intuito de saber quem são essas pessoas que viajaram horas para prestar sua solidariedade ao ex-presidente.

Marcos Oliveira. Foto: Julio Carignano

“Viemos em defesa de um homem que fez muito por esse país e que está sendo massacrado injustamente. Assistimos uma série de injustiças que a Justiça fecha os olhos, porém falou o nome do Lula os olhos abrem rapidamente e tentam de tudo para incrimina-lo. Ele está sendo vítima de um julgamento parcial. Estamos aqui para demonstrar nosso carinho, para que em 2018 possamos carrega-lo de novo à presidência”, disse Marcos Oliveira após uma viagem de quase 20 horas do Distrito Federal até Curitiba.

Rivanda e Jayne. Foto: Julio Carignano

Marcos veio na mesma caravana que as servidoras públicas Rivanda e Jayne, que afirmaram estar ali para dar um “grito de liberdade”. “Eles transformaram o juiz num mártir, mas também temos o nosso. Que a verdade prevaleça. Libertas quae sera tamen!”, exclamaram. “Viemos apoiar e somar-se aos trabalhadores contra as acusações ao ex-presidente Lula”, emendou Rachel Delvalle, assentada da reforma agrária no município de Paracity, noroeste do Estado.

Clenio Braganholo. Foto: Julio Carignano

O cansaço dos trajetos percorridos era visível, porém a militância das caravanas demonstrou que Lula é mais que uma alternativa de um partido e representa um projeto político ao povo brasileiro. “Esse ato demonstra sua popularidade e o que ele significou enquanto presidente para os brasileiros. Ele está sofrendo uma perseguição com o objetivo de desmoraliza-lo perante a sociedade para que não possa voltar à presidência”, comentou Clenio Braganholo, eletricitário de Florianópolis (SC).