Radicalizar o debate da produção de alimentação saudável

Agroecologia é uma decisão política que rompe com o agronegócio e une campo e cidade





Cedenir Oliveira, da coordenação nacional do MST, no Rio Grande do Sul. Foto: Leandro Taques

Os desafios da construção de um projeto popular para agricultura estiveram em pauta nesta sexta-feira (22) na Jornada de Agroecologia, no município da Lapa (PR). O debate foi antecedido por uma mística relacionado à agroecologia e o projeto de sustentabilidade – temas que posteriormente foram trazidos ao debate por Cedenir Oliveira, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores (MST) no Rio Grande do Sul.

Mística relacionado à agroecologia e o projeto de sustentabilidade. Foto: Oruê Brasileiro

Radicalizar o debate sobre alimentação saudável. Essa é uma das tarefas dos movimentos sociais do campo junto ao meio urbano, de acordo com o dirigente. “A opção pela agroecologia é uma decisão política de ruptura ao agronegócio. Ele deve ser sustentável do ponto de vista político, ambiental e de geração de renda. Diante disso é preciso radicalizar o debate sobre a alimentação saudável. Neste enfrentamento nós estamos ganhando do agronegócio, pois é algo que une a cidade e o campo”.

A radicalização deste debate da produção está ligada ao atual contexto da luta do movimento camponês. “No início de nossa luta o debate estava centrado na ocupação dos latifúndios improdutivos. Do direito em produzir. Hoje o debate está centrado no que produzir e a forma de produzir, de um projeto sustentável, de respeita ao meio ambiente”, finalizou Oliveira.