Greca escolhe punir os servidores públicos, avalia professora Josete

Em suas redes sociais vereadora de Curitiba alerta para calote do prefeito no reajuste dos trabalhadores





Vereadora diz que prefeito tem governado para os ricos da cidade. Foto: Chico Camargo/CMC

A vereadora de Curitiba professora Josete (PT) alerta para a escolha política do prefeito Rafael Greca de fazer caixa na Prefeitura de Curitiba com recursos dos servidores públicos. Para ela, que é servidora de carreira, o prefeito promoveu um ajuste fiscal que até agora não surtiu efeito nas contas da cidade. Por outro lado, os servidores municipais foram prejudicados com congelamento de salário e perda de direitos.

A petista também aponta que a gestão Greca é voltada para o empresariado. Ela demonstra isso quando afirma que o prefeito pretende não reajustar salários de servidores em outubro (conforme nova data-base da categoria) enquanto honra e aumenta contratos com empresas e terceirizados.

“Interessante notar que os reajustes dos contratos e que a despesa da Prefeitura cresceram, inclusive, acima da inflação”, destaca. Em março, a passagem de ônibus subiu para R$ 4,25, representando 14,86%. Na época, o acumulado dos últimos doze meses estaca em 4,86%.

Confira a nota da vereadora:

Passados 9 meses da gestão Rafael Greca, as contas municipais não apresentam nada que possamos nos alegrar. Primeiro, passamos por um período doloroso em que foi aprovada a Lei de Responsabilidade Fiscal Municipal (LC 101/2017) sob vários protestos e utilização de violência contra os servidores municipais. A Lei, apresentada à população como a solução para os problemas de caixa da Prefeitura, até agora, apenas demonstrou a que veio: culpabilizar o servidor público municipal pela má gestão dos recursos públicos. Hoje, o que temos é o servidor trabalhando sem reposição salarial e com a grande possibilidade de que não seja respeitada a data-base em outubro, como havia prometido o Prefeito Municipal.

Ao aprovar a LRFM (LC 101/2017), ficou estabelecido que o “reajuste salarial” para o servidor público não poderia ser superior a 80% do crescimento da receita corrente líquida. Como já havíamos constatado, na prática, isso significaria aumento “zero”. E foi exatamente isso que o Executivo insinuou na Audiência Pública de Prestação de Contas do segundo quadrimestre (27/09), penalizando, mais uma vez, quem de fato faz a cidade funcionar, ou seja, o servidor público municipal.

Porém, interessante notar que os reajustes dos contratos e que a despesa da Prefeitura cresceram, inclusive, acima da inflação. Além do crescimento da despesa de, aproximadamente, R$ 500 milhões, a receita continua sofrível e, até o momento, não foi apresentada nenhuma tentativa de melhorar a arrecadação e dar fôlego aos cofres públicos, exceto tentativas de aumentar impostos de pessoas assalariadas.

Hoje, o que temos nas contas públicas municipais é um grande problema na receita, acompanhado de uma má gestão da despesa. Não bastasse isso, vários contratos estão sendo renovados através de “dispensas de licitação”, utilizando-se o expediente de “serviços emergenciais”. A pergunta que fica é: quando essa gestão assumiu a Prefeitura, não sabia que vários contratos estavam por vencer?! Sigo aguardando por respostas.

CMC devolve recursos para Executivo. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

Câmara devolve recursos à Greca
O presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Serginho do Posto, assinou nesta quarta-feira (4), em reunião com o prefeito Rafael Greca na prefeitura. De acordo com a assessoria de imprensa, “a devolução de recursos economizados até agora é de R$ 35 milhões provenientes, principalmente, da dispensa do repasse do mês de outubro do Executivo para o Legislativo, da racionalização de investimentos, da realização de novas licitações com preços mais baixos e da repactuação dos contratos firmados atualmente”.