2017 é o ano dos impostos





Foto: Ricardo Almeida/ANPr

2017 deve ser um ano pedagógico para o povo brasileiro. Nele, os manuais políticos neoliberais foram executados com louvor. A crise financeira ficou na conta dos trabalhadores, independente da esfera de governo. De um lado, impostos e taxas subiram em Curitiba e no estado do Paraná. Por outro lado, desonerações e perdões foram doados aos outros personagens. A escolha é clara: mercado e empresariado vêm antes do trabalhador e da qualidade de vida.

Greca maquiavélico

A receita de maldade ensina a fazê-las tudo de uma vez, no primeiro ano de mandato. Em seguida, os benefícios ocorrem de forma fracionada nos últimos anos da gestão. De olho nesse prisma, Greca subiu IPTU para a população e ICS. Subiu também a tarifa técnica do transporte. Mas essa engorda o bolso dos empresários.

Foto: Maurilio Cheli/SMCS/Fotos Públicas

Fruet pato feio

Se não bastasse subir o IPTU, Greca usou outro bordão político: culpou o antecessor. Fruet reagiu. Ele disse que seu governo segurou reajustes e que é escolha de Greca o aumento acima da inflação.

ISS mais caro na saúde

Após subir o IPTU, Greca quer aumento do ISS na saúde. O reajuste chega a 4%. Uma emenda do vereador Felipe Braga Cortes (PSD) tentou limitar o imposto a 2,4%. Os vereadores, portanto, poderiam aceitar uma proposta diferente. Mas optaram por seguir para aprovação o aumento para 4% do imposto dos Planos de Saúde. Apenas Felipe e Noêmia Rocha (PMDB)  foram contrários ao aumento de 4%. Defendem o impostaço Dr Wolmir (PSC), Cristiano Santos (PV), Kátia Dittrich (SD), Mauro Bobato (PTN) e Osias Moraes (PRB). O voto da vereadora Julieta Reis (DEM) não aparece na Comissão de Legislação pelo fato de o parecer favorável ao aumento ser dela.

“Não é o momento de aumento, a gente sabe disso, e isso vai acarretar para a população”, sinalizou Braga Cortes.

Foto: Orlando Kissner/ ANPr

Carona nos impostos

No estado, os deputados estaduais decidiram aumentar o ICMS para pequenas empresas. Os empresários, inclusive aqueles que patrocinaram a “campanha do pato”, reclamam do reajuste que pode representar 58% a mais. O aumento é apenas mais um no roteiro daqueles que se conformaram com o reajuste do pedágio em até 8,06%. Coincidência ou não, Beto Richa (PSDB) tem bom relacionamento com os empresários do pedágio.

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília/Fotos Públicas

Botijão de gás mais caro

O ano pedagógico também ensina que livre concorrência e preços voláteis só são bons para cima. É o caso do novo ajuste de gás anunciado pela Petrobras. O sexto somente neste ano. Com as altas, o gás que custava cerca de 40 Reais em 2014 já beira 80 reais. E o povo paneleiro deve estar cozinhando a lenha.

Enfim, vai subir

Na sexta-feira sai uma nova rodada da inflação. Nesse ano, ela está baixa por causa da alimentação. Contudo, com tudo subindo, não dá mais pra esconder que o custo de vida dos brasileiros disparou. E olha que o brasileiro ainda nem pegou os carnês de 2018.