Lula: “Quero ser inocentado para ser candidato a presidente”

O ex-presidente afirmou que vai brigar com todos os recursos possíveis para provar que o caso triplex foi um processo sem provas, mais político que jurídico




FonteJornal GGN

Lula participa da última reunião da bancada do PT na Câmara dos Deputados e Senado Federal, no Sindicato dos Bancários, em Brasília, na quarta-feira (13/12). Foto: Ricardo Stuckert

Em sua primeira manifestação após o julgamento do caso triplex em segunda instância ser agendado para janeiro de 2018, Lula afirmou que vai brigar com todos os recursos possíveis para provar que o caso triplex foi um processo sem provas, mais político que jurídico, encampado por uma parcela do Ministério Público e da Polícia Federal que estão esvaziadas de seu verdadeiro papel. “Vou brigar até as últimas consequências, porque sei que o objetivo é evitar que o PT volte para o governo.”

“A única coisa que quero é deixar vocês tranquilos. Não quero que tenham candidato a presidente que esteja escondido na sua candidatura porque ele é culpado. Eu não quero. Eu quero ser inocentado para ser candidato a presidente da República”, disse Lula.

“Eu não quero ser candidato se eu for culpado. Seria leviandade da minha parte estar brigando para ser candidato para ocultar minha culpabilidade. Eu quero brigar para provar minha inocência. Se querem me condenar, eles que apresentem à sociedade prova de culpa”, comentou durante reunião com bancada do PT.

Na visão de Lula, os autos do processo mostram que há uma “ação política muito mais forte do que jurídica. E o que menos importa nesse é a prova.”

O petista ainda afirmou que não abre mão de provar sua honra, a despeito da eleição. “[Não abro mão] Nem pro Moro, nem pro Gebran, nem pra ninguém. Caráter a gente tem ou não. E eles têm de saber que estão lidando com um cidadão com muito caráter.”

Lula ainda avaliou que membros do MP e do judiciário não deveriam agir sob pressão da opinião pública, pois quem faz isso é político com mandato.

O ex-presidente ainda disse que é necessário “fazer resistência” em nome do PT, principalmente com pesquisas de opinião mostrando que o partido pode recurar a confiança nas urnas em 2018. Ele pediu que a bancada federal leia o processo para não defendê-lo “no escuro”.

Assista ao vídeo abaixo.