Outdoors denunciam sucateamento dos serviços públicos do Paraná

Campanha nas ruas alerta a sociedade sobre destino dos recursos do Estado




FonteFES

O forte ataque do governo Beto Richa contra a população paranaense levou a um sucateamento dos serviços públicos ao longo dos últimos sete anos. Saúde, Educação (básica e superior) e Segurança Pública são as áreas mais afetadas e que atingem diretamente o povo.

Este mês, nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Guarapuava, Irati e Londrina, servidores públicos do Paraná lançaram campanha contra a falta de recursos do Estado. Outdoors foram espalhados nos municípios para alertar a sociedade sobre o destino do dinheiro público e lembrar pelo que a população passou nos últimos anos.

O governo impôs aos paranaenses a conta da má gestão e dos rombos do governo. Beto Richa quebrou o Paraná antes mesmo das crises em outros estados. Desde 2014, quando empurrou gola abaixo o primeiro ajuste fiscal (fez quatro), a população tem pagado mais IPVA e nos alimentos, principalmente. Sem contar as elevações inexplicáveis da água e luz. Tem sido caro ser paranaense. Em 2015, o Paraná teve a maior inflação do país, superando 12%.

Após o aumento de impostos, os servidores se tornam o alvo. O saque de dinheiro da previdência dos trabalhadores do Estado está colocando em risco as atuais e futuras aposentadorias e pensões. São retirados cerca de 1,5 bilhão de reais por ano, que pode levar o fundo previdenciário a um colapso. As aposentadorias, aliás, não foram poupadas da ganância do governo e passaram a ser taxadas.

Os servidores, depois do massacre de 29 de abril de 2015, passaram a alvo principal. No mesmo ano em que ordenou à Polícia Militar a repressão aos servidores, Beto Richa inicia o processo de perseguição. Condicionou direitos, negou reajustes e rasgou as próprias leis. Tudo para penalizar “os culpados” pelo desgaste do governo.

O governo deve 8,53% da reposição salarial de 2016 e 2017 a todas as categorias do estado e já anunciou que não vai pagar em 2018. Agora ataca diretamente professores temporários reduzindo o salário em 400 reais.

Beto Richa hoje é alvo de investigação da operação Quadro Negro. O nome do governador é citado por delatores, que inclusive, afirmam que o dinheiro do esquema de desvio financiou sua campanha de reeleição ao governo do Paraná. A operação do Gaeco investiga um rombo em obras das escolas públicas que pode chegar a 20 milhões de reais.

O FES tem discutido ações para o início de 2018 e a campanha pode se intensificar com outras mobilizações. Sem a Data Base há dois anos, sindicatos têm avaliado uma nova greve como alternativa para enfrentar o governo e os ataques contra os trabalhadores.