Defesa de Lula pede que ex-presidente seja ouvido antes do julgamento em Porto Alegre

Para advogados, o interrogatório conduzido pelo juiz Sérgio Moro, na primeira instância, tem irregularidades





Foto: Lula Marques/Agência PT

A defesa do ex-presidente Lula protocolou (03/01) uma petição reiterando pedido feito em 11.09.2017 em que solicita que o ex-presidente Lula seja novamente ouvido, mas desta vez pelo TRF-4, antes do julgamento, em 24 de janeiro. Para os advogados, o encontro com o juiz Sérgio Moro, no caso do triplex do Guarujá (SP), não foi conduzido de forma imparcial. “O juiz dirigiu a ele perguntas estranhas ao processo e não permitiu ao ex-presidente exercer o direito de autodefesa com plenitude”, argumentam.

Segundo os advogados do ex-presidente, perguntas estranhas ao processo como a opinião de Lula sobre o Mensalão não poderiam ter sido feitas. “Como é o caso, por exemplo, da opinião do Peticionário sobre a Ação Penal 470, que tramitou perante o Supremo Tribunal Federal. Lançou mão, também, da insistente repetição de perguntas, com o nítido intento de constranger e intimidar (Lula)”, alega a defesa.

Diante dos “vícios”, portanto, a defesa pede que Lula seja ouvido novamente antes de qualquer sentença em 24 de janeiro de 2017, quando está marcado o julgamento de Lula na segunda instância, no Tribunal Regional Federal 4, em Porto Alegre. “(Lula) é o maior interessado no esclarecimento dos verdadeiros fatos e na comprovação de sua inocência”, defendem.