Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (31), o secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo, confirmou que o funcionalismo público não terá reposição da inflação em 2018. O anúncio foi feito após a apresentação do balanço do exercício financeiro de 2017, que apontou um superávit primário de quase R$ 2 bilhões.
Apesar do “respiro” nas contas, o secretário apontou o “cenário de crise” para justificar a manutenção dos salários dos trabalhadores e trabalhadoras. Alegando que a folha de pagamento do Paraná está no limite, Mauro Ricardo disse que o Estado espera as “reformas prometidas pelo governo federal para que as contas voltem ao equilíbrio”.
Na entrevista o secretário do governo Beto Richa (PSDB) foi taxativo: “Não há possibilidade de qualquer reajuste neste momento”, disse ele, cobrando “paciência” e “compreensão” do funcionalismo. Ele voltou a afirmar que os servidores do Paraná já tem salários significativos. “Nos últimos anos houve um crescimento expressivo em relação aos salários em termos de ganho real”, apontou.
Outro argumento apresentado pelo secretário para justificar o “reajuste zero” foi o aumento de despesas com pensionistas e inativos. Segundo ele, houve um acréscimo de 14% em relação à 2016.
