O deputado federal pelo Paraná, Luiz Nishimori (PR), teve uma denúncia recebida pela 1ªTurma do Supremo Tribunal Federal (STF). Desta forma ele vira réu pelas acusações de peculato em continuidade delitiva e lavagem de dinheiro. A acusação remete ao período em que Nishimori exerceu o cargo de deputado estadual entre os anos de 2003 e 2010.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, ele estaria envolvido na subtração de recursos públicos do legislativo paranaense a partir da contratação de nove servidores fantasmas. Segundo a acusação para proveito próprio teriam sido desviados R$ 2,8 milhões.
O esquema envolvia a nomeação de funcionários que não exerciam suas funções. Após o depósito dos salários, poucos dias depois, os valores eram sacados das respectivas contas quase que em sua totalidade, segundo nota do STF. Na sequência eram realizados depósitos anônimos em cinco contas movimentadas pelo parlamentar.
Com a denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal, Nishimori passa a compor uma lista que não para de crescer: a dos deputados federais que votaram pela deposição de Dilma Rousseff da presidência da República e que agora respondem por problemas na justiça.
No dia 17 de abril de 2016, o deputado justificou seu voto “em nome do Paraná e pelo desenvolvimento e do progresso do Brasil”, além de identificar-se como representante do agronegócio na Câmara Federal. O deputado ainda foi favorável à Reforma Trabalhista e PEC do Teto de Gastos. Contudo, na votação sobre a admissibilidade da denúncia de corrupção passiva contra Michel Temer, Nishimori votou pelo arquivamento da investigação.
