26,4 milhões de brasileiros não têm trabalho suficiente, segundo IBGE

4,3 milhões de brasileiros desistiram de procurar emprego; maior índice da história.




FonteIBGE

Agência do Trabalhador no Setor Comercial Sul Agência do Trabalhador, Setor Comercial Sul, Plano Piloto, Brasília, DF, Brasil 25/10/2016 Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília.

No 4º trimestre de 2017, a taxa de subutilização da força de trabalho (que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial) ficou em 23,6%, o que representa 26,4 milhões de pessoas. No 3º trimestre de 2017, para Brasil, essa taxa foi de 23,9% e, no 4º trimestre de 2016, de 22,2%. Já a taxa média anual para 2017 ficou em 23,8%.

Entre as unidades da Federação, no 4º trimestre de 2017, o Piauí (40,7%), a Bahia (37,7%), Alagoas (36,5%) e Maranhão (35,8%) apresentaram as maiores taxas de subutilização da força de trabalho e as menores taxas foram em Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (14,3%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Rondônia (15,8%).

A taxa de desocupação no 4º trimestre de 2017 (11,8% no Brasil) apresentou redução de 0,6 ponto percentual na comparação com o 3º trimestre de 2017 (12,4%) e ficou estatisticamente estável frente ao 4º trimestre de 2016 (12,0%). Ainda na comparação com o 3º trimestre de 2017, houve retração desse indicador em quase todas as regiões: Norte (de 12,2% para 11,3%), Nordeste (de 14,8% para 13,8%) e Sudeste (de 13,2% para 12,6%). O Nordeste (13,8%), apesar da queda na comparação trimestral, permaneceu com a maior taxa de desocupação entre todas as regiões. Na comparação anual a taxa recuou nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, permanecendo estável no Sudeste e no Sul.>

No 4º trimestre de 2017, as unidades da federação que apresentaram as maiores taxas de desocupação foram Amapá (18,8%), Pernambuco (16,8%), Alagoas (15,5%), Rio de Janeiro (15,1%) e Bahia (15,0%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,3%) Mato Grosso do Sul (7,3%), Mato Grosso (7,3%), Rondônia (7,6%) e Rio Grande do Sul (8,0%).

Pela primeira vez, a Pnad Contínua traz dados sobre o desalento. No 4º trimestre de 2017, o contingente de desalentados foi de 4,3 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2012. O Nordeste tinha 59,7% do total de desalentados. Entre as unidades da federação, os maiores contingentes estavam na Bahia (663 mil) e Maranhão (410 mil). A taxa de desalento no 4º trimestre ficou em 3,9% da força de trabalho ampliada do Brasil, com Alagoas apresentando a maior taxa entre as unidades da Federação (15,4%).

Desalento

Significa a desistência das pessoas em procurarem emprego por acreditaram que não encontraram uma vaga.

A taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange os desocupados e as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar (força de trabalho potencial), foi de 17,8% no 4º trimestre, o que representa 20,0 milhões de pessoas. No 3º trimestre de 2017, para Brasil, essa taxa foi de 18,3% e, no 4º trimestre de 2016, de 17,4%. Já a taxa média anual ficou em 18,4%. Entre as unidades da Federação, no 4º trimestre as maiores taxas combinadas foram registradas em Alagoas (31,0%), Maranhão (27,4%), Piauí (27,2%), Amapá (26,6%), Rio Grande do Norte (26,1%) e Bahia (26,1%) e as menores foram observadas em Santa Catarina (8,4%), Rio Grande do Sul (10,8%), Rondônia (11,0%) e Mato Grosso (11,6%).