Greve dos caminhoneiros reduz frotas do transporte urbano em Curitiba

Frotas serão reduzidas em 30% nos horários de pico e 50% nos demais horários, informou a Urbs





Foto: Joel Rocha/SMCS/Fotos Públicas

A greve dos caminhoneiros que afeta o abastecimento de combustíveis em todo o país já surte efeito no transporte público de Curitiba. Por meio de nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (23), o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Setransp) informou que os ônibus podem parar por falta do abastecimento. Segundo o comunicado, as empresas que prestam o serviço já estariam operando em alerta vermelho, pois o estoque nas garagens está baixo.

As alterações na prestação do serviço iniciam no fim da tarde desta quarta-feira (23), com a redução de frotas a partir das 17 horas. Nos horários de pico a redução vai ser de 30% e nos demais horários, de 50%. São considerados horários de pico: 6h30 às 8h30; 11h às 13h; 17h às 19h30; 21h30 às 23h.

Também por meio de nota, a Urbanização de Curitiba (Urbs) esclareceu que a medida é preventiva e necessária para prolongar o atendimento à população. “A redução da frota será adotada enquanto o abastecimento estiver comprometido. A Urbs e as empresas do transporte coletivo buscam alternativas para garantir a regularização do abastecimento o mais rápido possível”, diz a nota.

Movimento nacional

A paralisação nacional dos caminhoneiros autônomos foi convocada na segunda-feira (21) pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, os estados com mais pontos de manifestações nas rodovias federais são Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.

No Paraná, existem no momento 40 locais de manifestação, entre os quais destacam-se o km 6 da BR-277, em Paranaguá; o Km 502 da BR-376, em Ponta Grossa, e o km 79 da BR-369, perto de Santa Mariana. Segundo a PRF, em nenhum desses pontos, ocorre bloqueio da rodovia.

Em Santa Catarina e no Paraná, a Justiça Federal concedeu liminares proibindo manifestantes de ocupar, obstruir ou dificultar a passagem ou o acesso am rodovias federais nos dois estados. Os pedidos de liminar foram ajuizados pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Os caminhoneiros protestam pela redução do preço dos combustíveis, especialmente do diesel. Em nota divulgada nesta terça-feira (22), a Abcam informou que, até um posicionamento efetivo do governo federal, os protestos serão mantidos.