Cerveja Lula Livre é vendida na Feira da 17ª Jornada de Agroecologia

Dez rótulos diferentes com produtos orgânicos estão sendo comercializados





Eziquiel e Igor, produtores de cervejas artesanais com produtos orgânicos, como a Lula Livre Foto: Gibran Mendes

Uma das tendas que compõem a feira da 17ª Jornada de Agroecologia, que acontece até esse sábado (9), na Praça Santos Andrade, em Curitiba, reúne ao menos dez diferentes rótulos de cervejas. Entre elas a Lula Livre, que veio para substituir a Fora Temer, que ficou nacionalmente conhecida ao ser lançada no ano passado.

O idealizador de ambas, Igor de Nadai, é responsável pela Cervejaria Artesanal Latino Americana, uma das três que marcam presença na feira da reforma agrária. Segundo ele, a Fora Temer “deixou saudade” e não será mais produzida. “Estamos ligados com a conjuntura e o Temer já foi, ninguém mais lembra do vampirão. Agora é Lula Livre e assim que ele for solto vamos fazer a Lula Presidente”, anunciou de Nadai.

Mas para quem ainda quiser alguma lembrança de Michel Temer, há a cerveja Beber Sem Temer, produzida pela Cervejaria Campesina, que com a paranaense Latino Americana e Apiai compõem o trio de produtoras presentes na Feira. Um dos responsáveis pela Campesina e também pelas vendas no local, Eziquiel Porsch, explica que são 10 rótulos disponíveis com valores entre R$ 15 e R$ 20 a unidade. “Tem diversos tipos, como a Red Ale, Amber Ale, Pale Ale, IPA, entre outras” exemplifica.

Uma delas leva o nome da 17ª Jornada de Agroecologia e ficará disponível para venda somente no evento. “Ela leva caraguatá, uma planta muito utilizada pelos indígenas para tratamento de problemas como tuberculose e gripe, com um sabor cítrico. É uma receita nova, mas provavelmente será difícil seguir com a venda, pois a fruta é exótica e só aparece nesta época do ano. Então, na jornada do ano que vem, quem sabe?””, explica Porsch.

As bebidas são produzidas com materiais orgânicos e agroecológicos. Contudo, não levam a certificação por conta do lúpulo que é importado. “Neste caso não podemos garantir como os norte-americanos fazem a produção. Mas os produtos locais são 100% orgânicos” garante.

A meta das cervejarias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), segundo Porsch, é baratear a produção no médio a longo prazo e com isso popularizar o consumo. “Queremos tentar aproximar o preço da cerveja artesanal com a das convencionais para atender um público mais amplo, basicamente deixar acessível para o trabalhador que vive nas favelas, nas comunidades e nos assentamos e com isso também combater a cerveja transgênica”, completou.

Igor e a cerveja Lula Livre. Foto: Gibran Mendes

Mas e quem quiser a cerveja e não pode ir até a feira, em Curitiba, como pode adquirir o produto? No caso da Lula Livre ela é vendida na Feira da Reforma Agrária que acontece todo segundo sábado do mês em Londrina, no norte do Paraná. Mas há um esforço para que a bebida acompanhe a cesta de produtos da Reforma Agrária para chegar com mais frequência na capital paranaense.

Contudo, Eziquiel Porsch trabalha com um sistema de articulação para venda pela Internet a partir do perfil da Cervejaria Campesina no Facebook. Outra opção é contato por telefone ou Whats App ( 049 998413198 ) para fazer a encomenda. Os pedidos podem envolver cervejas de outras produtoras também. “Temos uma articulação entre as cervejarias, então, é só entrar em contato conosco que faremos o envio”, finalizou.