Em greve, Petroleiros do Paraná e Santa Catarina vão dar R$ 30 de desconto no botijão de gás

Ação busca mostrar à população preço abusivo e política adotada pelo governo Bolsonaro





Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília/Fotos Públicas

Os petroleiros estão em greve nacional há quatro dias e vão realizar, amanhã, quarta-feira (05), uma ação para alertar a população sobre os prejuízos causados pela política de privatização da Petrobras. Em vários estados do Brasil, os sindicatos de petroleiros vão subsidiar o preço do botijão de gás de cozinha de 13 kg.

No Paraná, a ação será em Araucária, às 12h, Praça da Bíblia, em frente à Câmara dos Vereadores, região central da cidade. Os petroleiros entregarão 300 botijões com voucher de R$ 30 na compra do GLP. Assim, o preço médio do botijão, que atualmente está em R$ 70, fica por R$ 40. O pagamento só pode ser feito em dinheiro, alertam os petroleiros. Também é necessário levar o botijão vazio.

O objetivo dos petroleiros é mostrar que é possível vender o gás de cozinha a custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobras e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.

Atualmente a população brasileira é punida com a alteração da política de preços da companhia, que passou a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar, desencadeando aumentos sucessivos, que já chegaram a ser diários, da gasolina, diesel e gás de cozinha, sem haver nenhuma proteção ao consumidor.

Para o Sindipetro Paraná e Santa Catarina, uma outra política de preços é possível, com a intervenção do governo federal para barrar os aumentos sucessivos dos derivados de petróleo.

“Vamos sempre defender que a prioridade de qualquer governo seja o povo, a sociedade como um todo e não acionistas da iniciativa privada. Vamos provar, mais uma vez, já que mostramos isso com a gasolina e o diesel, que é possível praticar um preço menor e manter a economia aquecida”, explicou Mario Dal Zot, presidente do Sindipetro PR e SC.

Feijão
No mesmo dia, os petroquímicos do Sindiquímica-PR farão a segunda distribuição gratuita de feijão para a população. Ato da semana passada foi bem-sucedido e os trabalhadores retomarão, ao lado dos petroleiros do Sindipetro PR e SC, os alertas à sociedade.

Apoio à greve
Engenheiros de todo o Brasil prestam solidariedade aos petroleiros em greve. Em nota publicada pela Fisenge, afirmam que “desde o início dos protestos, tanto a direção da Petrobras como o governo federal vêm cometendo abusos em relação ao direito de greve e também na falta de interlocução com os sindicatos. A manifestação ainda denuncia a desindustrialização do país e a redução dos investimentos públicos na Petrobrás, que afetam diretamente a engenharia brasileira”.

A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, visitou os grevistas e declarou apoio à greve. “Além desses trabalhadores ficarem desempregados, isso vai gerar um impacto na economia, afetando toda uma cadeia produtiva e ocasionando prejuízos para Araucária e todo o Paraná”, diz Gleisi.

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