Em protesto, policiais entregam veículos sucateados ao governador Ratinho Júnior

Manifestação em frente ao Palácio do Iguaçu ocorre após governador não anunciar reajuste do funcionalismo público





Policiais civis protestam em frente ao Palácio do Iguaçu. Foto: Leandro Taques

Um dia antes da greve do funcionalismo público do Paraná, policiais civis e delegados realizaram um protesto em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. Eles entregaram ao governador Ratinho Júnior (PSD) dezenas de carros que estão sem condições de uso. O protesto ocorre em meio a recusa do governador de conceder a reposição salarial dos trabalhadores que estão com salários congelados há três anos.

O protesto expôs as péssimas condições de trabalho que os agentes de segurança pública do estado estão expostos. Os carros da Polícia Civil apresentam anos de uso e em alguns casos o conserto sai mais caro do que a compra de um veículo novo. A manifestação foi organizada pelo Sidepol e pela Adepol. O presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Daniel Fagundes, revelou sua indignação com o fato de Ratinho Júnior querer congelar os salários pelo quarto ano consecutivo.

“Foi eleito para deliberar, para decidir as questões do Estado e não para mandar representantes sem poder de decisão para discutir um assunto tão sensível como esse”, disse Daniel na última reunião dos sindicalistas com o governo o estado.

Viaturas sem condições de uso são expostas no Palácio do governo. Foto: Leandro Taques

O deputado professor Lemos, líder da Bancada do Serviço Público, cobrou o governo do estado um dia antes do início da greve. “Eu faço um apelo ao governador para encaminhe à Assembleia Legislativa uma mensagem com a proposta de reposição da data-base do servidor público. Já faz tempo que os servidores já trouxeram essa pauta. O governo conhece a pauta. O governador, em especial, conhece o governo há tempo. Ele foi deputado estadual, federal, estadual de novo e ocupou a Secretaria de Desenvolvimento no governo Beto Richa. Ele conhece por dentro o governo”, destaca.

Paralisação na segurança
Sem a perspectiva de um reajuste, os agentes de segurança do Paraná vão fazer uma “operação padrão” a partir de terça-feira (25), data marcada para o início da greve pela data-base do funcionalismo estadual. No procedimento, a Polícia Militar do Paraná decidiu ficar aquartaleda na luta em apoio ao pagamento da data-base. Ou seja, o trabalho de policiamento ostensivo nas ruas fica prejudicado.