A capital paranaense observa uma nova onda de contaminações por Covid-19 às vésperas do primeiro turno eleitoral. Curitiba registrou 4099 casos de apenas em novembro, sendo 1439 são apenas nos dois últimos dias. Enquanto isso, o prefeito Rafael Greca (DEM) segue no corpo a corpo de campanha pela reeleição.
A escalada alarmante em Curitiba mostra uma nova onda de contágio e o retorno das mortes. Na última atualização do sistema de bandeiras, entre 31 de outubro a 6 de novembro, a infeção diária acumulou 2463 casos na semana epidemiológica. Nesse período, a pontuação já indicava 1,80, o que deveria colocar a cidade na cor laranja. Agora, faltando um dia para fechar a semana, já são 2925 novos casos.
A taxa de ocupação dos 283 leitos SUS exclusivos para covid-19, segundo a Prefeitura de Curitiba, está em 77%. “Todos os pacientes que são internados com quadro de síndrome respiratória aguda grave vão para os leitos exclusivos covid-19 e não apenas os casos confirmados da doença”, explica a gestão municipal. No momento só restam 65 leitos livres.
O aumento em Curitiba é acompanhado por todo o Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, na 45a semana foram contabilizados 54,4 mil novos casos. Na semana posterior se chegou a 191,5 mil casos novos. Os três estados do sul seguem em curva ascendente.
Ritmo de campanha
Nesta semana, o prefeito Rafael Greca (DEM) chamou de fake news a possibilidade de lockdown após o primeiro turno eleitoral e pediu que fosses feitas denúncias ao TRE-PR e ao seu sistema Gralha Azul. No entanto, não mencionou a possibilidade de novas medidas mais restritivas. O prefeito segue participando de eventos de campanha, inclusive externos, promovendo aglomerações e saudando pessoas nas ruas sem máscara.
A cidade liberou o funcionamento do comércio, shoppings, espaços de lazer, academias e o retorno de atividades extracurriculares presenciais em escolas particulares. O Tribunal não se pronunciou sobre o assunto.
