Em casa depois de 9 dias entre a ocupação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e a Greve de Fome em frente ao Palácio Iguaçu, voltei me sentindo muito bem. 8 quilos mais enxuto e com um enorme aprendizado pessoal e coletivo. Essa batalha é um banquete inacabado.
O fato do aprendiz da tirania, Ratinho Jr (PSD), não ter descido do pedestal da vaidade, recebido a direção sindical, respondido aos principais pontos da pauta, não é motivo de desistência da luta. Ao contrário, nos alimentou com a #fomedeJutiça.
Em meio à pandemia, o governador e seu ‘secretino’ da educação Renato Feder (unicamente interessado em lucro e em colocar o Paraná no primeiro lugar do IDEB Nacional sob ampla corrupção), não nos deixa escolha: intensificar as mobilizações aprovadas em assembleia, sermos criativos, dar visibilidade à toda fraude educacional e corrupção em curso neste governo.
Vamos seguir neste regime de luta para impedir a realização da prova para PSS, prorrogar os contratos de Professoras/es e Funcionárias/os temporárias/os evitando o desemprego de 29.642 trabalhadoras/es no ano novo, garantir o pagamento integral do atrasado do salário mínimo regional para milhares de funcionárias/os que recebem abaixo do salário mínimo e reverter o fim do ensino noturno das escolas militarizadas ilegalmente.
Vamos nos alimentar de esperança de reverteremos a destruição do ensino de Jovens e adultos, educação profissionalizante, educação do campo e fechamento de escolas. Todos temas que trabalharemos dia após dia.
Nossa greve de fome, mesmo com a reduzida visibilidade da grande mídia, desnudou o reizinho, a ALEP e sua maioria golpista e as dificuldades com o poder judiciário do estado.
Só a luta coletiva e permanente com a bandeira da verdade empunhada impedirá a destruição total da educação pública do Paraná. Concluo com uma reflexão sobre as bandeiras do Brasil e do Paraná hasteadas dia e noite no Centro Cívico e seu intenso barulho das nossas madrugadas de insônia: Que republiqueta é essa?
*Hermes Leão é presidente da APP Sindicato.
