Em reunião com a Casa Civil, secretários de Estado, Ministério Público (MP) e deputados estaduais, a comissão de negociação da APP-Sindicato exigiu a alteração do edital que reduz os salários dos professores PSS para 2018.
A APP demonstrou, com estudos financeiros já apresentados ao longo do ano, que o governo tem condições de manter os salários dos PSS, como explica o presidente da APP, professor Hermes Silva Leão. “Nós insistimos que o governo autorize o anúncio da correção do edital de inscrição dos PSS já retirando a diminuição salarial. Argumentamos e apresentamos os dados que demonstram que o governo pode manter os salários como estão, sem afetar mais de 20 mil professores que já possuem a menor remuneração do funcionalismo público do Estado”, destaca.
Hermes conta que, a partir do debate da pauta financeira, foi proposta a criação de um grupo de trabalho, coordenador pela Secretaria de Administração e Previdência (Seap). “O grupo contará com representantes da APP, do Ministério Público, e demais secretarias do governo para definir este impasse. Nós temos toda a disposição para debater a pauta financeira com o governo, inclusive nos dispusemos a isso durante o ano inteiro. No entanto, nós insistimos que o anúncio da correção do edital seja feito imediatamente”, disse o presidente.
A secretária de Finanças da APP, Walkiria Mazeto, explica que a justificativa financeira do governo foi desconstruída pelos números apresentados pelo sindicato. “Não se sustenta a tese de insuficiência financeira. O grupo de trabalho vai discutir isso mais a fundo, mas já ficou mais do que evidente que o problema não é dinheiro. Estamos aguardando a convocação da primeira reunião do grupo de trabalho para encerrar o impasse que foi criado pelo governo. A categoria está em estado de greve e nós não vamos aceitar que o ano letivo inicie com uma redução injusta e injustificável como a que está acontecendo”, explica Walkíria.
Resistência da categoria – A reunião teve duração de quase 3 horas, a portas fechadas e sem a presença da imprensa. Do lado de fora do Palácio Iguaçu, educadores gritavam palavras de ordem e resistiam ao cansaço da espera. Professores e funcionários de diversos Núcleos Sindicais participaram e somaram forças à mobilização que iniciou às 16h. Em vigília, os educadores permaneceram até a saída da comissão de negociação.