Vestindo a azulzinha

Time francês retoma o mito Le Bleus ao chegar à final da Copa do Mundo





Divulgação Netflix

Da direita à esquerda, a divisão do Brasil também foi transmitida à seleção brasileira de futebol. Com uma pequena diferença. Se na política os brasileiros não se entendem se foi golpe ou não, com a bola rolando, se observou muitos “coxinhas e mortadelas” torcendo, cada qual com seu motivo, contra a equipe de Neymar. Da mesma forma que muitos torcem para a “amarelinha”, embora tenham adotado o azul como cor ao buscar o fracassado hexa.

Essa divisão, no entanto, não é exclusividade dos brasileiros. Na França, a relação de seu povo com os “Le Bleus” tem contorno muito semelhantes aos nossos: uma rica história que coloca em campo política, mitos, racismo, atentados terroristas, xenofobia e, é claro, o grito de gol na garganta.

Esses fantasmas e mitos voltam com força agora, após a classificação da seleção francesa para a final da Copa do Mundo da Rússia, após vencer a Bélgica. Com um geração jovem e formata por atletas franceses, mas com pais imigrantes, se retoma o debate sobre as raiz do futebol francês, do nacionalismo e da xenofobia.

Muito antes da final, ainda em 2016, o documentário “Les Bleus – Une autre histoire de France, 1996-2016” atravessa 20 anos de país e seleção francesa, mostra como os fracassos e êxitos no futebol e na vida estão intimamente ligados. Em cartaz no Netflix, é um ótimo exemplo para avaliar as semelhanças no amor e o ódio pelos onze jogadores que vestem a camisa da seleção numa Copa do Mundo antes da grande final.

Ficha técnica
Gêneros: Documentário
Direção: Pascal Blanchard, Sonia Dauger, David Dietz
Lançamento: 2016
Tempo: 1h43min