O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) começa a se despedir da Assembleia Legislativa do Paraná. Para alegria de tantos e tristeza da esquerda. Ele anunciou que não deve mais concorrer ao mandato de deputado estadual. A revelação ocorre em meio à todo o desgaste com a votação da previdência do funcionalismo estadual.
Como líder da oposição, o petista tentou ao máximo frear a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário da Casa. Veneri sempre apontou ilegalidades no projeto e na sua tramitação, que em sua análise, feriu o regimento interno. A última derrota, e talvez a gota d’água foi a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná de validar a votação na Ópera de Arame, negando liminar à oposição.
“Daqui a três anos eu não vou mais estar aqui. Com certeza porque eu já disse que é meu último mandato na Assembleia Legislativa”, disse Veneri.
Ele complementou dizendo que outros deputados virão e “quanto mais o discurso do esgoto é feito, mas a população rechaça a política. Acha que só se gasta muito e faz maldade. Eu não concordo com isso. Sou contra a reforma da previdência desde quando o PT propôs no governo Lula”, refletiu.
Bancário de profissão, Tadeu Veneri tem grande trajetória na política e na militância dos trabalhadores. Em 1992 ele concorreu a vereador de Curitiba e ficou como suplente, assumindo cadeira em 1995. Ele se reelegeu em 1996 e em 2000 concorreu e se elegeu como deputado estadual pela primeira vez em 2002. Veneri, portanto, está em seu quinto mandato. Sua última disputa, em 2018, atingiu 69,5 mil votos.
Em 2016, Tadeu Veneri foi candidato à prefeito de Curitiba depois que o PT rompeu com o então prefeito Gustavo Fruet (PDT), do qual o partido era vice com Mirian Gonçalves. Na época, ele fez 39,7 mil votos na capital. Ele ainda não pode ser candidato a prefeito novamente, uma vez que a sigla não definiu se vai ter candidatura própria ou vai apoiar alguém.
