Daniel,em comunicado aos investidores, disse que antes de obter lucro extraordinário, “priorizamos a saúde e a segurança dos nossos empregados, com a implementação de home-office para a maior parte deles e a adoção de medidas de prevenção rigorosas para os profissionais que continuaram trabalhando em campo”.
Porém, a forma como a empresa conduziu a pandemia é questionada por sindicatos. Principalmente por conta da exposição de funcionários para que a companhia continuasse atuando em todas as frentes para fornecer energia de qualidade a mais de 11 milhões de paranaenses. Os números de contaminados e daqueles que faleceram, por exemplo, não entram no relatório feito ao mercado, na avaliação de Leandro Grassmann, presidente do Senge-PR.
“Existem dezenas de milhares de trabalhadores na Copel, Sanepar e Compagás que estão sendo obrigados a trabalhar em muitas manutenções que poderiam ser postergadas. 9,5% dos empregados já tiveram Covid. E são trabalhadores preteridos na vacinação. Que essencial é esse que não tem direito a ser vacinado prioritariamente?”, alerta Grassmann.
Mas, para Daniel, a condução da empresa durante a pandemia, aliado a austeridade, foco nos investimentos e em produtividade, mais uma ação judicial que desobriga a Companhia a recolher Pis e Cofins sobre o ICMS contribuíram para o lucro exorbitante.
“O resultado foi o maior lucro da história da Copel, de R$ 3,9 bilhões, batendo o recorde de 2019, que era o maior até então. Além disso, temos o orgulho de destacar que, mais uma vez, a Copel cumpriu rigorosamente sua meta de investimentos, com obras em geração, transmissão e distribuição de energia, contribuindo para fortalecer o setor elétrico e prover infraestrutura de qualidade para o desenvolvimento do país”, comemorou Daniel.