Chapa dos Educadores em Luta Contra o Golpe

Esses militantes entendem que o golpe de estado de 2016 deve ser combatido, pois sem isso, o ataque aos direitos dos trabalhadores só se intensifica




FonteASCOM CHAPA4

Preocupados com essa situação, educadores ligados ao movimento sindical Educadores em Luta (Corrente Sindical Nacional Causa Operária), simpatizantes e militantes de outros partidos de esquerda, criaram a chapa 4. O candidato a presidente é o Professor Gilson Mezarobba, graduado em Filosofia e Doutor em Educação, um militante do PCO que não carrega o personalismo e ambições pessoais. Sua principal defesa é a unidade da classe para lutar contra o golpe e os golpistas.

Esses militantes entendem que o golpe de estado de 2016 deve ser combatido, pois sem isso, o ataque aos direitos dos trabalhadores só se intensifica. Que esse momento especial não deveria ter ruptura entre os quadros da esquerda, pois os golpistas estão com muita força, inclusive lançaram sua própria chapa. Criticamos que os interesses personalistas, que dividem a categoria e a classe trabalhadora, não podem se sobrepor a luta de classe que ocorre no Brasil. Nesse sentido, a chapa 4 foi formada para denunciar as contradições que ocorrem nessa disputa.

Os Educadores em Luta Contra o Golpe denunciam o governo que quer destruir a APP-Sindicato e a educação pública do Paraná, que massacra os educadores sem piedade, que confiscou o dinheiro da previdência, bem como, quer impor a escola sem partido.

Por outro lado, serão combatidos aqueles que querem fazer uma política oportunista  para conseguir o aparato sindical a todo custo. Fazem demagogia na base da categoria e, ainda, se associam a setores golpistas que são entusiásticos do sindicato sem partido.

A questão do debate do golpe na categoria

O governo tucano Beto Richa é o principal ponto de suporte para o fortalecimento do grupo chamado República de Curitiba sob o comando do juiz Sergio Moro, também conhecido como Mussolini de Maringá, que são os elementos centrais do golpe que está em curso no Brasil e não tem sinal de refluxo.

Nesse governo tucano a educação é um dos seus principais alvos de ataque, isso ficou muito claro com as medidas de corte que tentou impor em 2015, só não conseguiu implantar todos os ataques contra a categoria devido à resistência do sindicato e dos educadores.

Richa tenta implantar as políticas imperialistas de privatização e terceirização do ensino, destruindo as bases das políticas públicas necessárias para que a educação oferecida pelo estado ganhe contornos necessários para atender as demandas da população paranaense.

As avaliações externas são usadas pelos governantes para afirmarem que as escolas públicas são atrasadas e inoperantes, enquanto os números das escolas privadas mostram que são superiores, mesmo com os salários altamente inferiores. Isso é uma grande farsa, porque não manifesta a realidade dos estudantes da rede pública, que, em muitos casos tem uma origem de exploração, dificuldades de sobrevivência, desemprego, falta de terra, fome entre outras situações que desfavorecem o desenvolvimento educacional desses sujeitos específicos.

Para ter êxito nos seus objetivos e enfraquecer a maior força opositora de seu governo, os governantes neoliberais do nosso estado procuram enfraquecer o nosso sindicato de várias formas. Uma delas foi criar uma chapa para tentar levar a APP para dentro do Palácio Iguaçu. Para isso criou sua própria chapa, com educadores ligados a partidos de direita e favoráveis as políticas de privatização e destruição do ensino público.

Por outro lado, grupos que causam confusão nas lutas dos trabalhadores do país estão tentando entrar no sindicato pela via da coligação com grupos opositores da atual direção, colocando em pauta a possibilidade de desfiliação da CUT, a maior central sindical do Brasil, a única que consegue mobilizar os trabalhadores em grande quantidade em momentos de greve geral e outros movimentos de lutas classistas.

Nessa situação, a chapa 4 combate os discursos de escola sem partido e sindicato sem partido. Pois, essa história de sindicato sem partido é pura enganação. Já que todos os candidatos são ligados a partidos políticos. Os trabalhadores devem ter os seus partidos, que defendam o seus direitos e que lutem por uma sociedade de hegemonia operária.

Quem encabeça da chapa 3 é do Partido Novo como o candidato da 2 faz parte do partido dos trabalhadores e todos já foram candidatos em eleições. O discurso de independência política é uma farsa, pois quase todos os pretendentes têm ligações com o PSOL, PSTU, a ala do PT e no outro grupo NOVO, PPS, PP etc.

Estamos nessa eleição para levar a categoria a lutar contra o golpe, defendendo o sindicato dos golpistas. Lutar contra o golpe da aliança imperialista e traidores da pátria significa o fortalecimento de todos os ataques contra a categoria e contra a população brasileira, já que a APP-Sindicato é o quinto maior sindicato dos país.

Chapa 4