O Ministério Público do Paraná (MP-PR) apura um suposto esquema de fraudes em licitações públicas no município de Ivaiporã, no noroeste do Estado. As investigações envolvem certames realizados nos últimos dois anos, referentes aos mandatos do ex-prefeito Luiz Carlos Gil e do atual Miguel Amaral.
Nesta terça-feira (6) foi efetuada a prisão temporária de um servidor público por cinco dias (podendo ser prorrogada por mais cinco), bem como a apreensão de um extenso volume de documentações referentes à certames realizados nos últimos dois anos. A prisão do funcionário público e a busca na Prefeitura de Ivaiporã foi autorizada pela juíza Adriana Marques dos Santos.
Segundo o promotor Cleverson Tozatti, a investigação foi iniciada cinco meses atrás após denúncias de empresários que sentiram-se lesados nas concorrências. Os indícios apontam superfaturamento e direcionamento para determinadas empresas. O promotor informou que outras pessoas estariam envolvidas no esquema e, caso comprovada as irregularidades, eles podem responder por associação criminosa e formação de quadrilha.
Em nota pública, a Prefeitura de Ivaiporã informou “que em virtude da transparência e legalidade que tem definido os rumos da atual gestão, atendeu todas as solicitações do Fórum e da Promotoria de Justiça da Comarca, entregando documentos referentes às compras e empenhos dos últimos dois anos”. A administração aguardará as conclusões do MP para emitir esclarecimentos sobre casos concretos envolvendo servidores.
Segundo o prefeito, o poder executivo está tranquilo em relação aos acontecimentos. “Desde o inicio da nossa gestão primamos pela transparência e lisura. Estamos à disposição justiça e se for confirmada alguma irregularidade praticada por qualquer servidor, que ele responda por isso”, apontou Miguel Amaral.
