BREVE | O presidente Jair Bolsonaro foi rapidinho em Davos, durante o Fórum Econômico. Tão rápido que quem perdeu o começo não assistiu também o fim.
MEU NOME É ENÉAS | Atrapalhado, ele utilizou menos do que 8 minutos dos quase quarenta que tinha direito para divulgar seu governo. Tão fast que até parecia o seu tempo de TV durante a campanha eleitoral.
TEMPO DE TV | Era melhor ter chamado o Geraldo Alckmin para discursar e usar o tempo todinho.
ANOTA NA MÃO | Ao discursar, o presidente devia pensar que estava na sua diplomação no TSE. Ele fez um balanço da campanha eleitoral, de seus gastos e da sua equipe. Ainda conseguiu errar o bordão “Deus acima de todos”, dizendo “Deus acima de tudo”.
FOI BEM | Mas, segundo o senador Roberto Requião, “Em Davos, Bolsonaro deu o seu melhor, se mais não disse é porque mais não tinha para dizer.”
Em Davos Bolsonaro deu o seu melhor, se mais não disse é porque mais não tinha para dizer.
— Roberto Requião (@requiaopmdb) 22 de janeiro de 2019
IDEIAS CURTAS | O presidente também abordou sobre o meio ambiente tão depressa quanto uma moto serra e sobre a economia nacional que, segundo suas palavras, “O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste Governo”. Só faltou o tradicional taokei.
REDAÇÃO DO ENEM | Desconhece ele que o país ocupa a oitava economia mundial com PIB de 6,5 trilhões e que seus maiores parceiros comerciais são a China, EUA, Argentina e Alemanha. Segundo o MDIC, o Brasil tem relações comerciais com 92 mil países. Isso mesmo, 92312 países e com todos os blocos continentais. Bolsonaro também nao mencionou que o Brasil saltou de US$ 4,6 bilhões de exportações em 1999 para US$ 19 bilhões em 2018, segundo o Ministério da Industria e Comércio. Ou seja, pela falta de dados, o presidente seria reprovado no ENEM.
280 CARACTERES | O discurso presidente foi tão curto que é quase um thread do Twitter.