Em seu discurso de fim de ano, neste domingo (31), o presidente da Venezuela Nicolás Maduro anunciou o aumento de 40% no valor do salário mínimo a partir de janeiro de 2018. Ele declarou que o novo valor é uma das medidas de proteção aos trabalhadores da Venezuela contra a “guerra econômica de Washington” e diante dos altos índices de inflação no país.
Com o novo aumento, o sexto no período de um ano, o salário passa para 248.510 bolívares (equivalente a 74 dólares no câmbio oficial). Ao valor se soma um bônus de alimentação de 549 mil bolívares, com o qual a renda mínima totaliza 798.510 bolívares (238 dólares). Em novembro, o salário já havia sido reajustado em 30% pelo governo.
Na mensagem dirigida à nação, Maduro afirmou que 2017 foi um ano de tentativa de desestabilização, traições, sabotagem aos serviços públicos, violência armada e bloqueio econômico daqueles que querem boicotar o socialismo no país. O mandatário fez um balanço das vitórias do chavismo nas eleições regionais em outubro e do êxito na Assembleia Nacional Constituinte, o que para ele representou o respaldo do povo à sua gestão.
Durante seu discurso, Maduro ainda informou que o governo divulgará durante o mês de janeiro detalhes sobre os mecanismos de aplicação do Petro, a moeda virtual que o governo lançará com o objetivo de garantir as reservas energéticas, naturais e minerais do país.
Em resposta ao anúncio de Maduro, a oposição – liderada por Henrique Caprilles – afirmou que o aumento “mascara” a situação do país, em especial a hiperinflação e a escassez de produtos básicos como alimentos e de higiene pessoal. “É mais uma chacota, ele [Maduro] não faz nada para abaixar a inflação”, disse o oposicionista em seu Twitter. A oposição ainda acusa o governo de não dar transparência nos números da inflação. Segundo o Congresso, controlado pela oposição, a inflação alcançou os quatro dígitos, fechando novembro de 2017 em 1.369%.
* Com informações da Telesur
