STF acata novo inquérito contra deputado Alfredo Kaefer

Inquérito apura suspeitas de que empresas de sua propriedade teriam sido utilizadas para lavagem de dinheiro





Deputado Alfredo Kaefer. Foto: Antonio Augusto/Agência Câmara

O ministro Marco Aurelio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e abriu um novo inquérito contra o deputado federal paranaense Alfredo Kaefer (PSL) para apurar suspeitas de que empresas de sua propriedade teriam sido utilizadas para lavagem de dinheiro.

O pedido foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em janeiro, com o objetivo de apurar indícios de que empresas de Kaefer teriam sido usadas para lavar dinheiro e financiar sua campanha à Câmara Federal em 2014.

“A instauração de inquérito se faz oportuna diante da possível reiteração de cenário, relacionado à utilização de empresas do grupo (pertencente ao investigado) para o financiamento de campanha eleitoral do deputado em 2014”, afirmou Dodge no documento.

A procuradora já havia oferecido denúncias em inquéritos já instaurados contra o parlamentar. As acusações apontavam “diversas movimentações atípicas” relacionadas à Kaefer e a empresas de seu grupo, de acordo com relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). As documentações somariam R$ 2.312.480,68.

Na época, o sócio majoritário da Distribuição, Abastecimento e Logística (Dial) era Alfredo Kaefer & Cia.Ltda, que detinha 99,99% do capital social. O controlador da RCK Comunicações Ltda (jornais O Paraná e Hoje) era o próprio deputado. A alegação é de que o deputado teria se afastado apenas formalmente do comando da empresa e de parte dos negócios, utilizando-se de “testas de ferro”.