Boulos: “Curitiba tornou-se a capital da resistência”

Pré-candidato do PSOL conclamou uma rede de denúncia internacional em relação à prisão de Lula





Guilherme Boulos em ato político no acampamento Lula Livre. Foto: Gibran Mendes

O líder do MTST, da Frente Povo Sem Medo e pré-candidato a presidente pelo PSOL Guilherme Boulos, participou na manhã desta quarta-feira (11) de um ato político no acampamento Lula Livre, em Curitiba. “Tentaram fazer de Curitiba a capital da injustiça ao encarcerarem Lula após uma condenação vergonhosa, sem provas, sem crimes. Porém, bravamente, com esse acampamento vocês conseguiram fazer Curitiba a capital da resistência”, disse.

No dia batizado como “Dia Nacional de Mobilização Lula Livre”, Boulos conclamou a criação de uma rede de apoio internacional para denunciar a atual situação do país, a atuação política do judiciário brasileiro e a escalada de violência política, citando o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e os atentados às caravanas de Lula pelo sul do país. “Vivemos a escalada de um judiciário que age como partido político, dos setores de um judiciário carcomido que usa a toga para fazer política. Que agiram com o único objetivo de retirar o ex-presidente Lula do jogo político em 2018”, disse o líder do MTST.

Para o pré-candidato do PSOL, cabe à militância, partidos de esquerda e intelectuais brasileiros gritar em alto e bom som ao mundo inteiro que Lula é um preso político do estado brasileiro. “Lula é um preso politico, por isso temos que fazer essa denúncia internacional, da esculhambação que isso aqui se tornou, as instituições brasileiras estão esculhambadas. Se a grande imprensa daqui não mostra, cabe a nós mostrar”, disse Boulos.

A atuação do juiz Sergio Moro também foi criticada por Guilherme Boulos. “A batalha aqui não é com ele, pois Moro não é um juiz. Ele se comporta como um xerifão e chefe de partido. Se houvesse estado de direito de fato, quem estava preso aqui em Curitiba era ele, pois descumpre a lei de maneira sistemática”.

Boulos destacou que a luta pela libertação de Lula é unitária, de todos aqueles que defendem a democracia e, portanto, a tarefa dos movimentos sociais é intensificar as mobilizações de rua. Caso o ex-presidente Lula não ganhe a liberdade nos próximos dias, o líder do MTST sugeriu a organização de um um grande ato nacional em Curitiba em 1º de maio, Dia do Trabalhador “Caso o Supremo não reveja essa farsa judicial, temos que fazer em Curitiba um primeiro de maio nacional, trazer trabalhadores de todo país para cá”.

A passagem de Guilherme Boulos pelo acampamento Lula Livre foi rápida, uma vez que o líder do MTST embarca para Portugal na tarde desta quarta-feira (11), onde participará de um seminário internacional com partidos e intelectuais de esquerda pela democracia e pela liberdade do ex-presidente Lula.