“Ciro não é pauta do PT”, afirmam Gleisi e Wagner

Senadora e ex-governador da Bahia conseguiram visitar Lula nesta quinta-feira





Gleisi e Jaques Wagner na saída da Polícia Federal em Curitiba. Foto: Joka Madruga/Agência PT

A senadora e presidenta do PT Gleisi Hoffmann e o ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner, conseguiram visitar nesta quinta-feira (3) o ex-presidente Lula na sede da Polícia Federal, onde ele está detido desde 7 de abril. A dupla conseguiu a autorização da visita por meio de uma negociação entre a Justiça Federal e a defesa do ex-presidente. Separadamente, eles passaram cerca de 40 minutos com Lula. No mesmo dia o petista também recebeu a visita de familiares.

Gleisi e Wagner conversaram com Lula sobre o atual momento do Brasil e informaram que ele está atualizado sobre os acontecimentos políticos. “Ele [Lula] tem lido e procurado se informar. Tem feito uma análise do que foi feito nos seus governos e nos retrocessos desde o golpe que derrubou a ex-presidenta Dilma”, disse Gleisi.

Segundo a senadora, o ex-presidente está indignado com o desemprego, com a queda do salário mínimo, a estagnação do Produto Interno Bruto (PIB), o salto da dívida pública, o aumento do lucro dos bancos, a queda do consumo das famílias, a redução dos investimentos sociais e o aumento de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.

Apontado como uma das alternativas do Partido dos Trabalhadores no caso do impedimento da candidatura de Lula ou ainda compondo uma chapa com o pedetista Ciro Gomes, Jaques Wagner afirmou que neste momento a legenda não trabalha com outros nomes que não o do ex-presidente. “Não temos planos B, C, X ou Y. Nosso plano é “L”. Estaremos com Lula até a linha final”, disse o ex-governador. Gleisi Hoffmann, por sua vez, foi mais enfática: “Ciro não é pauta do PT”, apontou.

Amigo de Lula há 40 anos, o ex-governador da Bahia apontou que os adversários do PT não apresentam nenhuma alternativa ao povo brasileiro. “A única alternativa de esperança dos brasileiros está enjaulada em um quarto da Polícia Federal. Os outros candidatos estão apresentando que proposta?”, questionou Wagner.