Maduro é reeleito para segundo mandato como presidente da Venezuela

O presidente, Nicolás Maduro, venceu as eleições presidenciais realizadas neste domingo (20/05) no país, anunciou a presidente do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), Tibisay Lucena





Nicolás Maduro foi reeleito neste domingo (20/05). Foto: AVN

Presidente da Venezuela desde 2013, Nicolás Maduro, de 55 anos, foi reeleito para mais seis anos de mandato, em uma eleição duramente criticada pela oposição e com elevado índice de abstenção. De acordo com a imprensa oficial, ele obteve 67,7% dos votos, enquanto o segundo colocado Henri Falcón conseguiu 21,1%.

Maduro falou a apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, em Caracas. “Estamos obtendo um recorde histórico, nunca antes um candidato havia ganhado com 68% dos votos populares [na Venezuela], e nunca antes havia conseguido 47 pontos de diferença em relação ao segundo candidato”, disse Maduro.

“Esta é a vitória número 22 em 19 anos [de chavismo], conquistada com base no esforço, no trabalho consciente, conquistada junto a um poderoso movimento, de um povo unido, de um povo lutador”, disse Maduro, que dedicou a vitória ao ex-presidente Hugo Chávez. “Vocês confiaram em mim, e eu vou responder a essa confiança amorosa.”

O agora presidente reeleito chamou os candidatos derrotados para conversar sobre o futuro do país. Maduro também anunciou que vai pedir a Lucena, ainda nesta segunda (21/05), a auditoria de 100% das urnas e a apuração de todas as denúncias de fraude durante o pleito. A lei eleitoral exige que apenas 54% sejam auditados.

Presidente reeleito

Maduro construiu sua campanha em uma proposta de “revolução econômica”, prometendo reestruturar as contas do país e aprofundar as bases do chavismo. O candidato do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) garante que irá combater o dólar paralelo, colocar à venda a nova moeda virtual, Petro, e consolidar o corte de três zeros da moeda nacional, o Bolívar.

Ex-sindicalista e militante da Liga Socialista da Venezuela, Maduro foi duas vezes deputado da Assembleia Nacional, Ministro das Relações Exteriores e vice-presidente da república até a morte de Hugo Chávez em 2012, quando assume a presidência.

As eleições presidenciais marcam o quarto pleito em menos de um ano na Venezuela, que já votaram para a Assembleia Nacional Constituinte, governadores e prefeitos. Em 19 anos de governo chavista, essa foi a 24ª eleição no país.

Oposição

Antes mesmo de os resultados oficiais serem divulgados, Henri Falcón, que ficou na segunda posição, disse que não iria reconhecer o pleito. “Desconhecemos este processo eleitoral e o qualificamos como ilegítimo (…) Poderia haver eleições em outubro e estaríamos dispostos a participar, sem vantagens e sem chantagem. É assim que se constrói uma alternativa para responder aos venezuelanos que hoje padecem de fome e enfermidades”, disse, no Twitter.