Após pressão do funcionalismo público, Alep adia votação de reajuste para outros poderes

Servidores públicos estão em vigília no Centro Cívico para cobrar a governadora Cida Borghetti




FonteAPP Sindicato

Servidores montaram um acampamento nesta segunda-feira (11) em frente ao Palácio Iguaçu. Foto: APP-Sindicato

Atendendo pedido do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES), a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) retirou da pauta de votação desta segunda-feira (11) cinco projetos de lei que concedem reajuste para apenas uma parte dos servidores públicos do Estado. A reivindicação faz parte da pressão para que a governadora Cida Borghetti (PP) envie o reajuste ao funcionalismo público do Executivo.

Como parte da mobilização, um acampamento em frente ao Palácio Iguaçu foi montado na manhã desta segunda-feira. “Quero reforçar o convite para que os servidores e servidoras da educação e demais categorias venham para o acampamento no Centro Cívico para que a gente possa continuar a nossa vigília e passar a mensagem de que é importante que o governo Cida Borghetti resolva essa pauta o quanto antes, em respeito aos servidores e a população do Paraná que precisa de serviços públicos de qualidade”, enfatizou o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, sobre a importância da participação da categoria no acampamento.

As lideranças sindicais esclarecem que a mobilização não é contrária a data-base dos trabalhadores de outros poderes, mas de tratamento igual e de superação de um período de discriminação que está acontecendo no Paraná desde o governo Beto Richa (PSDB). Somente os servidores do Executivo, estão com os salários congelados desde 2016, quando o governo Richa deixou de cumprir a lei da data-base e não pagou mais a reposição inflacionária. A dívida acumulada do Estado com o funcionalismo já está em quase 12%.

“Vamos continuar com a nossa vigília aguardando que a governadora envie de imediato a mensagem de lei com o reajuste, porque os estudos orçamentários já demonstraram que o governo tem todas as condições de pagar ao menos a inflação do último ano”, destacou Hermes. A categoria reivindica que o governo retome o pagamento da data-base e que o projeto seja votado junto com os de outros órgãos e instituições que já estão na Alep.

Os itens retirados da pauta de hoje concedem a reposição para o funcionalismo da Defensoria Pública, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e da Assembleia Legislativa. Segundo o presidente do Legislativo, Ademar Traiano (PSDB), as matérias só deverão ser pautadas novamente na próxima segunda-feira (18).