Em Curitiba, Haddad dá a largada rumo ao segundo turno

Com ataques a tucanos e Bolsonaro, petista defende direitos dos trabalhadores





Milhares de pessoas acompanharam a caminhada de Fernando Haddad na Rua das Flores, em Curitiba. Foto: Leandro Taques

O candidato à presidente pelo PT, Fernando Haddad, fez sua última caminhada pelo centro de Curitiba antes do segundo turno. Em empate técnico com Jair Bolsonaro (PSL), segundo pesquisa CNT/MDA, o petista reuniu a militância e fez discurso contra os retrocessos no governo Temer (MDB), apoiado pelo PSDB, e de um eventual governo do candidato de extrema direita. Mais cedo, ele havia se encontrado com o ex-presidente Lula, detido na sede da Polícia Federal.

A caminhada pelas ruas de Curitiba reuniu os simpatizantes da candidatura e foi considerada como uma largada para o segundo turno. Ao público, Fernando Haddad criticou o governo de Michel Temer, que retirou direitos dos trabalhadores, e ainda afirmou que a candidatura de Geraldo Alckmin é uma continuidade desse modelo.

“O governo Temer, que tem 90% de rejeição, é apoiado por dois partidos: o MDB e o PSDB. Os tucanos têm, inclusive, ministros até hoje no governo. Nomeou quatro e tem um ministro lá (Aloysio Nunes, ministro das relações exteriores)porque não teve coragem de concorrer ao senado por São Paulo”. lembrou.

Haddad também falou contra um possível governo de Jair Bolsonaro, provável adversário no segundo turno. O candidato afirmou que as propostas dele atacam a classe trabalhadora com a retirada de direitos e cortes. O petista lembrou da manifestação ocorrida em Curitiba, no sábado (29), contra Bolsonaro. O movimento #elenão não cidade foi um dos maiores do país.

“Eu queria cumprimentar Curitiba, que fez um dos maiores atos do #elenão. Foram 50 mil pessoas nas ruas, sobretudo mulheres. Afinal, Bolsonaro quer retirar o 13o salário do trabalhador. Ele quer cobrar o mesmo imposto do rico e do pobre, o que eu não vou deixar acontecer. Mas se depender dele, o pobre vai pagar 20% de imposto de renda na fonte. #Elenão porque ele desrespeita a mulher, o pobre e o negro”.  

O candidato de Lula ainda projeta um segundo turno chegando com força, uma vez que as pesquisas lhe dão vitória contra Bolsonaro. “Eles diziam: nós tiramos a Dilma, prendemos o Lula e tá tudo resolvido. Esqueceram de prender o povo, que vai dar uma resposta no dia 7. A direita só pensa em cortar os direitos sociais, direitos trabalhistas e agora querem comprometer a democracia. Mas eu tenho certeza que vamos crescer no Brasil inteiro e vamos ganhar no Paraná e nos vai dar a vitória”, projetou.