Greca deve propor reajuste antes da eleição

Contudo, projeto só chega a CMC após votação do primeiro turno





Prefeito Rafael Greca. Foto: Levy Ferreira/SMCS

O prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN) chamou os servidores públicos para conversar. Está marcada uma mesa de negociação com os sindicatos na próxima quinta-feira, 4 de outubro, para discutir o reajuste salarial. Os trabalhadores do município estão com os salários congelados desde abril de 2017.

O bate-papo de Greca ocorre nas vésperas do primeiro turno, com votação marcada para o domingo (7). O prefeito da capital está empenhado em eleger a governadora Cida Borguetti (PP). Ou pelo menos tentar levá-la para o segundo turno contra Ratinho Jr (PSD). Os três, aliás, têm como padrinho político o ex-governador e candidato ao senado, Beto Richa (PSDB), que caiu em desgraça após ser preso.

A mesa de negociação e uma proposta de reajuste, portanto, é a carta na manga dias antes do pleito. Nos bastidores, se fala em uma proposta em torno de um a dois por cento. Apenas a inflação que deve fechar em 3,94% em outubro de 2018. Índice muito abaixo dos quase 10% de perda acumulados desde o congelamento ocorrido em abril de 2017, com o pacotaço.

Prefeito está empenhado na campanha da governadora. Foto: Reprodução Facebook

Mas o reajuste está no ar e inclusive ele é público. Na última prestação de contas realizada na Câmara Municipal de Curitiba, o secretário de finanças Vitor Puppi ventilou que Greca deveria conceder um reajuste “dentro da margem do possível”.

“Estamos estudando”, respondeu Puppi sobre a data-base dos servidores municipais, como registra o site da CMC. Ele ponderou à “realidade do país” e que o governo estadual, por exemplo, retirou o projeto que previa um reajuste de 1%. “Bastante em breve teremos um posicionamento por parte do Poder Executivo”. Pois bem, a hora do posicionamento chegou.

Índice proposto ou não, o reajuste só virá depois do primeiro turno. Isso porque a data-base é em 31 de outubro. Já na Câmara Municipal, os vereadores não falam de outra coisa do que a disputa neste fim de semana. A Casa tem 16 candidaturas a deputado estadual e federal, tanto no campo do governo como da oposição. Ou seja, chegando o projeto no legislativo, muitos desses poderão estar com um pezinho fora da política municipal.