Se o Paraná encontra problemas de caixa, conforme alega o governador Ratinho Júnior (PSD), essa crise não atinge as gravatas estaduais. O governador já disse que não tem dinheiro para, por exemplo, contratar novos policiais militares. O orçamento aprovado para a Segurança Pública pelos deputados estaduais em dezembro de 2018 ficou em R$ 4,125 bilhões.
Já o Tribunal de Justiça do Paraná abocanha R$ 2,935 bilhões (9,5%) do orçamento em 2019 e o Ministério Público do Paraná tem depositado em sua conta R$ 1,049 bilhão (4,1%). No total, são R$ 3,984 bilhões. Juntando os R$ 481 milhões (1,9%) destinados ao Tribunal de Contas do Estado, o orçamento é superior a tudo que é investido para combater a violência no Paraná.
Aliás, o orçamento de 13,6% do TJ e MP é maior do que o mínimo designado a Saúde, que ficará com R$ 3,720 bilhões (12%). Esse caixa poderia ser reforçado caso o orçamento da Assembleia Legislativa do Paraná de R$ 748 milhões (3,1%) para 2019 fosse redirecionado. Nos últimos quatro anos, a “economia” foi de R$ 800 milhões. Montante que não é vinculado posteriormente a saúde, educação e segurança.
