Ministério Público do Rio desmente Flávio Bolsonaro sobre foro privilegiado

Novos extratos revelam depósitos de R$ 96 mil nas contas do filho do presidente





Reprodução/Instagram

O Ministério Público do Rio de Janeiro emitiu nota para negar que o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) estaria sendo investigado ja com a garantia de ter o foro privilegiado. O argumento foi utilizado pelo filho do presidente para pedir a suspensão da investigação e anulação das provas. À emissora Record, Flávio disse que o MP quebrou seu sigilo bancário sem autorização da justiça. Já o Jornal Nacional revelou que o então deputado estadual recebeu 48 depósitos em 2017 no valor de R$ 2 mil, totalizando R$ 96 mil de origem desconhecida.

Segundo o MPRJ, não procede a alegação de que houve a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Flávio Bolsonaro. O argumento é de que tanto portarias do COAF quando do Ministério Público permitrm acesso a documentos financeiros sem que isso decorra em quebra de sigilo bancário.

“O relatório de inteligência financeira (RIF) remetido pelo COAF noticia movimentações atípicas tanto de agentes políticos como de servidores públicos da ALERJ. Por cautela, não se indicou de imediato na portaria que instaurou os procedimentos investigatórios criminais (PIC) os nomes dos parlamentares supostamente envolvidos em atividades ilícitas. A dinâmica das investigações e a análise das provas colhidas podem acrescentar, a qualquer momento, agentes políticos como formalmente investigados. Esta forma de atuar indica o cuidado que o MPRJ tem na condução das investigações, com o fim de evitar indevido desgaste da imagem das autoridades envolvidas”, esclarece o MPRJ.

Depósitos para Flávio Bolsonaro

O Jornal Nacional revelou que Flávio Bolsonaro recebeu R$ 96 mil em 48 deposdepó realizados dentro de um banco que fica localizado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Os depósitos ocorreram em junho e julho de 2017 e a fonte não foi reconhecida pelo COAF.