Pesquisa indica como desgastar os Bolsonaros

Oposição deve mirar na previdência, segurança e filhos de Bolsonaro





Foto: Isac Nobrega/PR

A pesquisa CNT/MDA apontou os rumos para Bolsonaro manter sua popularidade, assim como os pontos chaves para que a oposição consiga desgastá-lo. Veja nesse FIO DA MEADA porque a segurança, previdência e filhos do presidente estão no centro do debate.

A popularidade do presidente depende exclusivamente de seus eleitores. Desses, 57,6% acreditam que ele vai melhorar o país. Mas o prazo de validade para que isso ocorra é curto. Apenas em um ano ele pode desidratar. Afinal, esse é o tempo dado por 30,3% que acreditam nessa melhoria.

Para se ter uma ideia, apenas 10,3% depositam todas as fichas e aguentam esperar 4 anos para isso. Já o que topam reelegê-lo ficam em 9%. Por outro lado, 27,5% acham que nada vai melhorar e 8,1% acham que vai piorar.

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Essa imagem positiva passa por dois grandes temas: a Reforma da Previdência e a segurança pública. A aposentadoria é o principal campo em disputa com 43,4% favoráveis e 45,6% contrários. Essa percentagem ajuda a oposição a desgastar Bolsonaro.

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Isso deve ser feito apontando os aspectos impopulares como pagamento de R$ 400 para renda baixa e atrasando ao máximo sua votação nas duas casas. Bolsonaro corre contra o relógio e metade da torcida.

A segurança pública é outro ponto que a oposição pode desgastar o presidente. Primeiro porque 52,6% desaprovaram a posse de arma. Segundo porque o projeto anti-crime, embora com aval da população, também deve esperar a tramitação da previdência.

73,3% acreditam que o filho de Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, influenciou na demissão do ministro Gustavo Bebianno. Foto: Rafael Carvalho/PR

Agora, uma das principais estratégias da oposição deve ser trazer e manter cada vez mais os filhos de Bolsonaro no debate público. É o que prova a exoneração de Bebianno. 85,9% consideram que a população tem direito de saber o motivo das demissões de ministros.

Pior do que isso, 56,8% dos entrevistados acreditam que os filhos do presidente estão interferindo nas decisões do pai. Do outro lado, se o presidente conseguir segurar a língua e os dedos de seus filhos, estará estancando a principal fonte de impopularidade do seu governo.