O site francês Mediapart confirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) divulgou informações falsas sobre a repórter Constanza Rezende, de “O Estado de São Paulo. O periódico francês foi citado pelo site bolsonarista “Terça Livre” como fonte para afirmar que a imprensa brasileira está empenhada em derrubar o governo. A “reportagem” com o áudio da conversa foi compartilhada pelo presidente.
Em mensagem publicada em português, o site se solidarizou com a jornalista e ainda considerou falsa a informação divulgada pelo presidente. “As informações publicadas no “club de Mediapart”, que serviram de base para o tweet de @jairbolsonaro, são falsas. O artigo é de responsabilidade do autor e o blog é independente da redação do jornal”, explica em sua conta no Twitter.
Mediapart se solidariza com a jornalista @constancarezend, vítima de ameaças. As informações publicadas no “club de Mediapart”, que serviram de base para o tweet de @jairbolsonaro, são falsas. O artigo é de responsabilidade do autor e o blog é independente da redação do jornal. https://t.co/0BIDr4TXSd
— Mediapart (@Mediapart) 11 de março de 2019
Essa não é a única mentira do presidente revelada hoje (11). Bolsanaro, e seu filho, Carlos Bolsonaro, também chamou de fake news reportagem publicada na conta do UOL informando que o governo federal escalou um militar para cuidar de suas redes sociais.
Aonde estão os “representantes das entidades democráticas” para repudiar esta fakenews? Esqueci! Todas apoiam o PT e suas mutações! pic.twitter.com/ZKrHmOgPyQ
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 11 de março de 2019
Porém, a chamada “fake news” publicada pela Folha de São Paulo trata-se de uma informação disponível no Diário Oficial da União e assinada pelo ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni. Após essa explicação, Carlos Bolsonaro mudou sua versão: “O modus operandi da imprensa militante: 1) Fala que o governo contratou novo coordenador das redes sociais após “polêmicas”. 2) Novo coordenador cuidará das redes institucionais, nunca alvos de “polêmicas”. 3) Logo, a contratação não tem relação com “polêmicas””, tuitou.