Cadê a economia, governador?

É cedo para dizer que o governo está economizando recursos e otimizando a máquiina





Foto: Rodrigo Félix Leal/ANPr

O governador do Paraná Ratinho Jr assumiu o estado prometendo fazer economia com os recursos públicos. De cara, ele contratou uma consultoria para revisar os pagamentos dos servidores públicos estaduais e os contratos. Ratinho também se somou a outros governadores para que o estado possa reduzir a jornada de trabalho do funcionalismo com a redução de vencimentos. A auditoria externa tem até junho para avaliar 175 mil servidores ativos e 122 mil inativos. O governador também mandou projeto para acabar com a aposentadoria de ex-governadores.

Por outro lado, essa austeridade não é tão firme assim. O projeto de lei sobre a reforma administrativa apresentado pelo governador não promove a redução de secretarias. Como explicou o deputado estadual Tadeu Veneri (PT), a “redução de 28 para 15 secretarias anunciada é controversa, uma vez que o governo incluiu na contagem das secretarias existentes atualmente as 8 secretarias especiais e não considerou a criação de 12 superintendências gerais, que terão atuação similar às secretarias especiais”.

Ou seja, o que era 28 acaba ficando com 28, mudando apenas algumas nomenclaturas. É a “mesma economia promovida” pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que cortou alguns ministérios importantes como Trabalho e Cultura, juntou outros, mas manteve o mesmo orçamento.

A falta de cuidados com a economia também pode ser revelado quando o governador Ratinho Júnior decide abrigar diversos ex-deputados que não foram reeleitos. Pelo menos cinco já foram nomeados para algum cargo comissionado dentro da estrutura do governo do estado. Sem contar a nomeação de parentes, em uma espécie de nepotismo cruzado, como no caso de ” Rubens Bueno II”, indicato para ocupar cargo de representação em Brasília.

“O governo anunciou que vamos ter uma economia de mais de R$ 10 milhões com a reforma administrativa. No nosso entendimento, é salutar que pudéssemos saber quanto custam os cargos existente atualmente e quanto vai custar os novos cargos. Só assim poderemos dizer se, de fato, o projeto vai trazer economia para o Estado”, comparou Veneri.

Por tudo isso, é necessário aguardar para ver se o governador está economizando ou apenas remanejando os recursos do estado, uma vez que ele mesmo disse que “o Paraná é um dos estados com melhor saúde financeira do País”.