Servidores públicos do Paraná organizam manifestações por reajuste de 16,24%

Sindicatos preparam greve geral para o dia 29 de abril





29 de abril de 2015. Governador Beto Richa reprime violentamente os servidores públicos, em sua maioria educadores, que protestavam em Curitiba contra o fim da Previdência. Foto: Joka Madruga/APP-Sindicato

O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) voltou a se reunir hoje (04) para debater as próximas ações em relação a data-base dos servidores estaduais do Paraná. Na semana passada, o Fórum apresentou ao secretário de de Administração e Previdência do Estado (Seap), Reinhold Stephanes, estudos atualizados que comprovariam a capacidade financeira do Estado de promover o reajuste. As entidades solicitzm o pagamento dos 11,53% atrasados mais a previsão de 4,22% (referente a previsão sobre o acumulado da inflação referente ao último ano). Uma dívida que totalizará algo muito perto dos 16,24%.

Na programação para o mês de abril tem audiência pública, nova reunião com o governo do estado e uma paralisação no dia 29 de abril, data em que se lembra dos quatro anos do Massacre do Centro Cívico.

A audiência pública está prevista para ocorrer na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) no próximo dia 23. No legislativo, os servidores públicos vão debater com os deputados a situação financeira do estado e as perdas dos últimos três anos, desde o congelamento dos vencimentos.

Dirigentes do FES preparam ações até o final do mês. Foto: Colaboração

Dois dias depois, em 25 de abril, está agendada uma nova reunião entre o Reinhold Stephanes e o FES para às 10 horas. O governo do estado está empenhado em cortar gastos. Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná aprovou o projeto de lei de autoria do Poder Executivo, que redesenha a estrutura organizacional da Administração Direta. O governador Ratinho Júnior (PSD) ainda discute “a distribuição dos servidores efetivos de carreira com a fusão das secretarias”.

Já no dia 29 de abril, os sindicatos ligados a FES preparam uma greve geral para lembrar os quatro anos do Massacre do Centro Cívico, quando o governo de Beto Richa (PSDB) aprovou mudanças na ParanáPrevidência. A manifestação ainda tem como pauta a data-base, contra a reforma da previdência de Jair Bolsonaro (PSL) e pela manutenção de direitos dos servidores públicos.