Após uma semana, o presidente Jair Bolsonaro anunciou pelo Twitter a exoneração do ministro da Educado, Ricardo Vélez. A demissão havia sido mencionada em café com jornalistas na última sexta-feira (5), no Palácio do Planalto. O presidente levou 12 dias para mudar de opinião desde que a jornalista Eliane Catanhede, do Estadão, havia dado um furo (informação em primeira mão) de que o ministro seria demitido por conta de sua atuação na comissão de educação. Bolsonaro chamou a notícia de fakenews.
No anuncio de hoje, o presidente agradeceu a Vélez e deu boas vindas ao professor e economista Abraham Weintraub.
Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 8, 2019
A confirmação ocorreu após Bolsonaro ter comentado com jornalistas que Vélez iria cair. O ministro havia se envolvido em nova polêmica dizendo que os livros de história iriam relativizar o golpe de 1964.
“Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima”, disse o presidente em um café da manhã, nesta sexta-feira (5), com jornalistas no Palácio do Planalto.
O presidente demitiu Vélez 12 dias depois da jornalista Eliane Catanhede informar na Globo News de que o ministro da educação seria demitido. “Sofro fake news diárias como esse caso da ‘demissão’ do Ministro Velez. A mídia cria narrativas de que NÃO GOVERNO, SOU ATRAPALHADO, etc. Você sabe quem quer nos desgastar para se criar uma ação definitiva contra meu mandato no futuro. Nosso compromisso é com você, com o Brasil”, postou na época.
Vélez é o segundo ministro exonerado em quatro meses de governo. O primeiro deles foi Gustavo Bebianno, que se envolveu em polêmica pelo Whatsapp com o presidente.