Congresso reúne nata da Lava Jato e algozes de Lula

Evento no dia 13 de maio é organizado por associação de juízes federais do Paraná





Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A Escola da Magistratura Federal do Paraná (Esmafe) e a Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) realizam congresso em Curitiba que reúne a nata da Lava Jato. O evento, batizado como “Congresso Nacional Sobre Macrocriminalidade e Combate à Corrupção”, promete um “dia de imersão com os maiores nomes do tema no Brasil”. Com ingressos de até R$ 160, o congresso no dia 13 de maio traz a Curitiba o ministro da Justiça e ex-juiz, Sérgio Moro. Também conta com a participação do juiz Marcelo Bretas (Juiz Federal), da Lava Jato do Rio de Janeiro e de Deltan Dallagnol, Procurador da República).

A conferência se notabiliza por ser formada por algozes do ex-presidente Lula, detido há pouco mais de um ano, em Curitiba. Além dessas personalidades, o evento que ocorre no Teatro Positivo, tem palestras com Gabriela Hardt, juíza federal, que assumiu a Laja Jato no Paraná após Sérgio Moro assumir o cargo de ministro, João Pedro Gebran Neto, desembargador do TRF4, que aumentou a pena de Lula na revisão da decisão de Moro, obrigando o ex-presidente a cumprir a pena em regime fechado.

Além desses, o Congresso conta com a participação de Carolina Moura Lebbos, juíza Federal responsável pelas execuções penais e que, entre tantas polêmicas, impediu Lula de participar do enterro do seu irmão Vavá.

Estrelas borradas

Grande estrela do evento, o ex-juiz de Curitiba e ministro de Jair Bolsonaro, o ministro Sérgio Moro vai discursar sobre os “Objetivos do Projeto de Lei Anticrime”. Ele tem sido alvo de críticas porque o projeto estaria longe de combater a violência e ainda perseguiria as minorias. De acordo com o jurista Miguel Reale Júnior, “se é uma luta anticrime, não é com um projeto que tem meramente um cunho profilático que será resolvido. Ou seja, o projeto que antecipar a prisão e retardar a liberdade, só isso”. Entre as polêmicas do projeto estão a “liberdade para matar” mediante “violenta emoção” que é dada as forças policiais.

Outro destaque do evento, o procurador Deltan Dallagnol fala sobre as “Medidas Contra a Corrupção e a Importância Da Lava-Lato”. O paranaense perdeu prestigio após tentar criar uma fundação que ficaria com R$ 2,5 bilhões de multas pagas pela Petrobras. Ele é alvo de uma investigação na corregedoria da Procuradoria-Geral da República (PGR). Mais recente foi aberta uma investigação contra ele no Condselho Nacional do Ministério Público por infração disciplinar ao sugerir que os ministro do STF formam panelinha que promove “leniência com a corrupção”