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Presidente da Copel Telecom participa de reunião com sindicatos. Foto: Manoel Ramires

Os deputados do Paraná não querem saber o que o estado ganha com a privatização da Copel Telecom. Pelo menos é o que parece quando a mesa diretora da Assembleia Legislativa nega o pedido do deputado Tadeu Veneri (PT) para que o presidente da Copel Telecom,  Wendell de Oliveira seja convidado/convocado para explicar porque a empresa precisa ser privatizada.

O pedido de Veneri foi feito há pouco mais de três meses, portanto, no meio do ano. Época em que o Paraná se lembrava dos quase 20 anos da tentativa de privatização da empresa mãe, a Copel, que atualmente é a maior do Estado. O deputado quer explicações sobre a necessidade de vender uma empresa lucrativa.

“Nós queremos saber qual a razão dessa privatização já que a empresa não é deficitária e oferece a rede de internet para as escolas estaduais, delegacias, universidades e vários órgãos públicos. O governo tem que nos responder como ficarão as entidades e instituições públicas com a privatização”, disse Veneri.

Deputado Tadeu Veneri participa de mobilização contra a privatização. Foto: Manoel Ramires/Senge-PR

O governo do estado alega que quer vender a empresa por conta do seu custo e da competitividade no mercado de banda larga. Ao invés de enfrentar o desafio, prefere entregar ao mercado uma empresa sólida, com presença nos 399 municípios e que presta serviço tanto ao governo quanto aos consumidores, sendo eleita a melhor empresa de internet do país.

No último balanço da Copel, a sua subsidiária, a Telecom, arrecadou R$ 49 milhões no terceiro trimestre de 2019, acumulando arrecadação de R$ 148 milhões em 2019. Isso significa 18,8% a mais que igual período de 2018, quando o lucro chegou a R$ 124,6 milhões. É disso que Ratinho quer se desfazer e os deputados governistas não querem saber o por quê.