Governadores criticam postura de Bolsonaro; Ratinho Junior segue fiel

Governador do Paraná é um dos poucos governadores a "passarem pano" para o presidente





Foto: Rodrigo Felix Leal/ANPr

20 governadores, de partidos de oposição e situação, criticaram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por não contribuir para a “evolução da democracia”. Ratinho Junior (PSD) não foi um deles. Ele preferiu não se somar a carta que cobra decoro do presidente da República, principalmente ao respeitar “os limites institucionais” que o mandato exige. O documento foi divulgado pelo Fórum Nacional dos Governadores.

Dois principais motivos levaram os governadores a criticarem novamente o presidente: a reforma tributária, em que Bolsonaro disse que eles deveriam zerar o ICMS, e os ataques ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), por conta da morte do miliciano Adriano Nóbrega, amigo da família Bolsonaro.

“Recentes declarações do presidente da República Jair Bolsonaro confrontando Governadores, ora envolvendo a necessidade de reforma tributária, sem expressamente abordar o tema, mas apenas desafiando Governadores a reduzir impostos vitais para a sobrevivência dos Estados, ora se antecipando a investigações policiais para atribuir fatos graves à conduta das polícias e de seus Governadores, não contribuem para a evolução da democracia no Brasil”, diz a carta.

Foto: Dvulgação ANPr

Ratinho é fiel
Ratinho Junior ficou de fora junto com governadores do PSL, ex-partido de Bolsonaro, e do DEM. Com isso, não concordou com o trecho dizendo que “trabalhando unidos conseguiremos contribuir para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”.

O governador do Paraná, por outro lado, já havia apoiado o presidente na questão do ICMS. “Isso tem que ser calculado. Se o Governo Federal nos garantir que é possível repassar de R$ 4 a 5 bilhões pro estado para que as coisas não parem, nós topamos fazer esse avanço”, disse.

Atualmente, Ratinho Junior não tem motivos para bater de frente com Bolsonaro por dois motivos: a presença do ministro Sérgio Moro no governador e a popularidade que o estado dá ao presidente. Enquanto que na CNI/MDA, a aprovação de Bolsonaro é de 41% nacionalmente, no estado, segundo o Instituto Paraná Pesquisa, sobe para 57%. Já a reprovação nacional ao presidente subiu para 38%, No Paraná, o índice de ruim e péssimo cai pra 28%.