Cesta básica encarece em 10 capitais

Em Curitiba, o custo dos alimentos subiu 8% em um ano




FonteDIEESE Paraná

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Se o Produto Interno Brasileiro cresceu 1,1% em 2019, o mesmo não se pode falar do da cesta básica de alimentos. O custo subiu custo do conjunto de alimentos essenciais subiu em 10 capitais, em fevereiro de 2020, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) em 17 cidades. A maior alta foi em Recife: 6,15%. Já em São Paulo está a cesta mais cara: R$ 519,76. Curitiba registra variação de 8,18% em 12 meses.

A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 519,76), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 505,55) e por Florianópolis (R$ 493,15). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 371,22) e Salvador (R$ 395,49).

Em 12 meses, entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês de 2020, a cesta apresentou elevação em quase todas as cidades, com exceção de Aracaju (-2,21%). Os aumentos variaram entre 1,54%, em Campo Grande, e 12,82%, em Belém.

Em fevereiro de 2020, em Curitiba, a cesta de alimentos básicos caiu -0,97% em comparação com janeiro de 2020 e custou R$ 447,91, sendo o décimo maior valor entre as 17 pesquisadas pelo DIEESE. Em 12 meses (comparação de novembro de 2019 com novembro de 2018), a variação foi de 8,18% e no ano de 2020 (comparação de fevereiro/2020 com dezembro/2019) teve redução de -2,39%.

Em 12 meses, 10 produtos acumularam alta: a carne bovina de primeira (19,19%), açúcar refinado (16,28%), a banana (15,99), o óleo de soja (15,44%), a farinha de trigo (9,82%), o arroz (6,56%), a manteiga (5,21%), o leite integral (2,86%), o pão francês (2,75%) e o tomate (1,66%).

Cesta x Trabalho

Em fevereiro de 2020, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.366,51, ou 4,18 vezes o mínimo de R$ 1.045,00. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em fevereiro, 46,91% da remuneração.

O trabalhador curitibano cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho, em fevereiro de 2020, de 94 horas e 18 minutos para comprar a cesta. Em dezembro de 2019, o tempo necessário foi de 101 horas e 10 minutos e, em fevereiro de 2019, foi de 91 horas e 16 minutos.