Deputados do PSOL assinaram o segundo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) protocolado ontem (18). Entre os signatários do texto estão os deputados David Miranda (RJ), Sâmia Bomfim (SP) e Fernanda Melchionna (RS). O pedido, no entanto, gerou divergência interna no partido, que emitiu nota contrariando o pedido.
De acordo com Miranda, ao lado de “diversos parlamentares, intelectuais e movimentos, protocolei o pedido de impeachment do presidente”. O pedido afirma que “enquanto os maiores países do mundo empreendem esforços conjuntos sem precedentes para conter a crise do coronavírus, o presidente brasileiro trata a pandemia desde o primeiro dia como uma “histeria” da imprensa”.
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Após assinar o pedido de impedimento, a economista e professora da Universidade de Bath (Reino Unido), Rosana Pinheiro Machado adiantou que o grupo seria criticado por outras correntes do partido. “Sabemos a reação que virá. Inclusive da própria esquerda. Sabemos que irão dizer que a prioridade é o #COVID19. Pois trabalhou-se dia e noite nessa peça de impeachment, tentando articulação maior, justamente para agir diante de um incapaz na presidência em tempos de pandemia”, tuítou.
As queixas vieram em forma de nota oficial do PSOL. A executiva nacional disse que foi surpreendida pelo pedido e que está indignada com o “atropelo do debate interno”. Para a liderança do PSOL, não é a melhor estratégia pedir a saída de Bolsonaro.
“O momento é gravíssimo e a prioridade deve ser a defesa de medidas que salvem vidas. O presidente Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade. Há, portanto, base jurídica para o impeachment. No entanto, o foco do PSOL e da oposição deve ser a defesa de ações enérgicas do Estado para a proteção dos mais pobres, a economia e o emprego, salvar vidas e superar a epidemia”, diz a nota que desautoriza a iniciativa.
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