Brasileiros perdem 1,1 milhão de empregados para o Covd-19

Mais de 7,9 milhões tiveram contratos suspensos ou com redução salarial





Presidente da República, Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR

A pandemia de coronavírus contaminou os empregos no Brasil. Apenas em março e abril deste ano mais de 1,1 milhão de brasileiros com empregos formais foram demitidos. Essas demissões não foram incorporadas pela MP 936 que permite a suspensão do contrato de trabalho ou a redução de jornada. Mais de 7,9 milhões tiveram contratos afetados. Os dados foram divulgados pelo Caged.

Segundo os números, 860 mil empregos formais foram fechados apenas em abril. O saldo já era negativo em março de 2020 com cerca de 240 mil demissões. Em fevereiro, por exemplo, o país havia saldo positivo de 240 mil empregos.

Brasil foi contaminado pelo desemprego em março e abril. Fonte” Caged

O principal setor atingido pelas demissões é o de serviços. De pouco mais de 100 mil empregos gerados em fevereiro de 2020 para mais de 400 mil demissões apenas em abril. Logo atrás vem comércio e  indústria. A construção teve demissões e na agropecuária o saldo foi perto do zero. Com esses números, o Brasil já perdeu 763 mil empregos formais em 2020, aumentando a quantidade de desempregados que já estava em 12,3 milhões em fevereiro desde ano. Agora, o Brasil tem pelo menos 13,4 milhões de desempregados. São Paulo é o estado com mais perda de empregos em 2020, com 227 mil a menos do que em 2019. Logo atrás vem Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco. Nestes estados se concentram o maior número de casos de contaminação por Covid-19. O Paraná tem saldo de 22 mil empregos formais perdidos em 2020. Atualmente o país tem 38 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O melhor desempenho foi em 2014, quando o país tinha 41,1 milhões de empregos formais.

Segundo o governo, 4,40 milhões de empregos formais tiveram seus contratos suspensos durante a pandemia. Outros 3,5 milhões tiveram algum tipo de redução de jornada com redução de salário. 991 mil brasileiros perderam até 70% de sua renda.