Brasil tem 30,4 milhões de trabalhadores subutilizados mais 12,7 milhões de desempregados, revela IBGE

PNAD ainda aponta que 75 milhões de brasileiros estão fora da força de trabalho





Foto: Carolina Antunes/PR

Os números da PNAD contínua mostra um desastre no Brasil com relação aos trabalhadores. Mesmo com as medidas do Governo Federal para a suspensão de contratos de trabalho e redução, o desemprego no país cresceu em maio. 368 mil pessoas foram demitidas, aumentando o número de desempregados para 12,7 milhões de pessoas.

Já a população ocupada caiu 7,8 milhões de pessoas em relação ao mesmo trimestre de 2019. Agora, o país tem 85,9 milhões de pessoas ocupadas. Soma-se a isso a quantidade de trabalhadores em subutilização. Segundo o IBGE, trate-se de um recorde histórico. São 30,4 milhões de trabalhadores nesta situação (27,5%), com elevação de 4% em relação ao primeiro trimestre de 2020 e de 25% em relação ao mesmo período de 2019.

O trabalho subutilizado consiste em trabalhadores que estão desocupados, subocupados ou pertencem ao potencial de trabalho. Ou seja, trabalhadores com jornada de trabalho mal aproveitada e que poderiam trabalhar mais.

Os números mostram que o Brasil tem, atualmente, 75 milhões de pessoas fora da força de trabalho e que a população de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) aumento 15,3%, em mais um recorde histórico negativo, chegando a 5,3 milhões de brasileiros.

Negócios fechando

Um dado da PNAD mostra que muitos dos empregos perdidos se devem também a diminuição dos empregadores. Segundo o IBGE, o “número de empregadores (4,0 milhões de pessoas) recuou 8,5% (-377 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 8,8% em relação ao mesmo trimestre de 2019 (-388 mil)”. Já a quantidade o grupo de empregados “no setor público (12,3 milhões de pessoas), que inclui servidores estatutários e militares, apresentou aumento de 7,8% frente ao trimestre anterior e de 6,2% frente a igual período do ano anterior. Efeito da contratação de profissionais de saúde no combate à pandemia”.