Renault mantém demissões. Metalúrgicos mantêm greve

Movimento completou uma semana na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná





Assembleia ontem: segundo sindicato dos metalúrgicos, a paralisação continua enquanto negociação não for retomada. Foto: SMC

A greve dos metalúrgicos da Renault em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, completa uma semana hoje (28), sem definição. Ontem, como a empresa mantém as 747 demissões, os trabalhadores decidiram continuar o movimento. Agora à tarde, eles farão nova assembleia.

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e a montadora vinham negociando um pacote que incluía programa de demissões voluntárias, mas não conseguiram concluir o acordo. A montadora decidiu, então, fechar o terceiro turno de produção, alegando ter adotado antes medidas de flexibilização. A fábrica tem aproximadamente 7.300 funcionários. Dirigentes das centrais e do sindicato global IndustriALL criticaram a Renault.

“Enquanto a empresa não rever as 747 demissões, não teremos condições de avançar na pauta proposta pela empresa para competitividade da planta”, afirmou o presidente do sindicato, Sérgio Butka. Ele também fez referência a incentivos fiscais dados pelo governo do Paraná.

“São mais de 50 empresas que recebem esse incentivo. São mais de R$12 bilhões por ano e isso faz a diferença. O governo e a população estão ajudando essa empresa a se fortalecer no estado”, afirmou. “E nós queremos como contrapartida a manutenção dos empregos na Renault.”