Secretaria de Educação recua, altera documento e agora chama de fake news primeira versão que ela divulgou

Nova termo de consentimento exclui a responsabilização dos pais por contaminação e risco aos profissionais de educação





A Secretaria de Educação do Paraná recuou de responsabilizar os pais caso seus filhos retornassem as aulas presenciais e se contaminassem com coronavírus no ambiente escolar. Agora, no termo de consentimento, foram excluídos os trechos que eximia de culpa o governo do estado e que alertava para a gravidade da pandemia de infectar os profissionais de educação. Além de retirar essa parte, o governo agora alega que é fake news um documento que ela mesmo havia enviado aos núcleos de educação. Mais cedo, após a repercussão negativa, a versão oficial divulgada à imprensa é de que o termo de responsabilidade e consentimento anexado ao documento  do “Comitê “Volta às Aulas” – Resolução Conjunta n.º 01/2020 – CC/SEED” era uma versão não finalizada.

Na versão ajustada no fim da tarde nas redes sociais do Governo do Estado do Paraná, o “ex-documento oficial” agora é chamado de fake news. Segundo a postagem, “a versão correta é esta do PDF que está no site oficial da Secretaria de Estado da Educação”.

Contudo, o documento intitulado “Protocolo versão final” encaminhado aos núcleos de educação ao qual trazia a versão responsabilizando os pais traz a versão agora chamada de fake news que sofreu uma enxurrada de críticas de pais, professores e funcionários de escolas.

::. Clique aqui e confira a primeira versão do documento

Antes de chamar seu próprio documento de fake news, a versão do governo era de que o termo não estava concluído. A mudança de versão não foi aceita pela comunidade escolar que teve acesso ao documento original encaminhado aos núcleos. Nas redes sociais, os internautas dizem que “de novo o governo não assume a responsabilidade” e “fake deveria ser a ideia totalmente absurda de voltar às aulas.

Segundo a APP Sindicato, “não queremos novas versões desse documento, queremos respeito à vida dos/as trabalhadores/as da educação, dos/as estudantes e de toda comunidade escolar. Não aceitaremos o retorno das aulas presenciais em meio a uma pandemia que mata cada mais em nosso país”.

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