Uma série de vídeos que circulam na internet desde esta quarta-feira (27), gerou revolta da categoria da educação do Paraná. Nas gravações que ocorreram em reunião com diretores de escola, o secretário da Educação, empresário Renato Feder, revela o plano para que os professores da rede estadual gravem vídeo aulas, com risco de receber penalidades caso os alunos não estejam presentes.
De acordo com o secretário, as aulas devem ter de 15 a 50 minutos, alegando que servirá para complementar o conteúdo já disponível no aplicativo Aula Paraná. Renato Feder afirma ainda nos vídeos que caso a sala virtual do Google Meet tenha dois alunos ou menos, o professor receberá faltas como punição.
A medida desesperada do secretário é um reflexo da alta taxa de evasão escolar ocasionada pelo modelo de educação não presencial de Feder, que foi aplicada sem que educadores, estudantes e comunidades escolares fossem consultados. Com a proposta autoritária, o empresário novamente tenta jogar a responsabilidade pela falha do EAD na categoria da educação, mesmo que não tenha sentado com a mesma para elaborar um planejamento que inclua toda a variedade educacional do Paraná.
A APP-Sindicato aponta que desde o início da aplicação do modelo denunciou que o modelo não funcionaria. Segundo o presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão, o Sindicato recorrerá no Ministério Público Estadual (MP-PR), no Conselho Estadual da Educação (CEE), além de denunciar na comissão da educação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
“É preciso barrar esta forma autoritária e de imposição a um processo que não respeita a vida e a saúde da nossa categoria, inclusive deixando a pandemia absolutamente esquecida no processo educacional do Paraná. Nós estamos juntos e a APP-Sindicato fará todo movimento para que possamos evitar esses danos que estão embutidos no discurso do secretário”, completa o presidente da APP-Sindicato.
